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Destinos / Hotelaria

Turismo de luxo movimentou R$ 871 milhões no Brasil em 2018

Simone Scorsato e Martin Frankenberg, diretora executiva e presidente da BLTA, respectivamente

Simone Scorsato e Martin Frankenberg, diretora executiva e presidente da BLTA, respectivamente

SÃO PAULO – O mercado brasileiro de Turismo de Luxo registrou um faturamento estimado de R$ 871 milhões em 2018. Ao todo, o seguimento teve 532 mil hóspedes no ano, o que da uma média de 1,4 mil hóspedes por dia. A taxa de ocupação ficou em 52,6%, um avanço de mais de sete pontos percentuais em relação ao ano passado. Os destaques ficaram pela diária média de R$1.528 e pelo RevPar de R$ 803.

Os dados são do anuário da Associação Brasileira de Turismo de Luxo (Brazilia Luxury Travel Association – BLTA), divulgado nesta terça-feira (27). O levantamento considerou os 38 membros da entidade, sendo 34 hotéis e quatro operadoras. Dos empreendimentos analisados, a maioria (40%) tem entre uma e 24 unidades habitacionais. Cerca de 30% possui entre 25 e 59, e os outros 30% têm mais de 60 UHs.

“O que sentimos de diferença é no aumento do volume de turistas e de hospedagem. Houve de fato um crescimento. Não é só perceber esse valor de R$ 871 milhões em entradas, mas também uma evolução na questão qualitativa, entendendo essa relação do consumidor exigente com o produto brasileiro. É possível perceber um entendimento do mercado na necessidade de melhorar o destino, de melhorar o serviço, de construir boas práticas para atender a esta demanda exigente”, destaca Simone Scorsato, diretora executiva da BLTA.

HÓSPEDES

Os dados da BLTA mostram que apesar do crescimento dos últimos anos o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer dentro do turismo de luxo para ganhar espaço no mercado internacional. No entanto, essa pequena penetração é compensada pelo alto volume decorrente do turismo doméstico, algo que não é muito comum em outros países de destaque no setor.

Os brasileiros representam 56,3% dos hóspedes do Turismo de Luxo, tendo como principais emissores São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Na sequência, com 17%, aparecem os europeus, com destaque para Reino Unido, França, Alemanha e Itália. Em seguida, aparecem os norte-americanos, responsáveis por 16,6% do número de hóspedes no Brasil. Nos Estados Unidos, destaques para Nova York, Los Angeles e Miami entre os emissores. Já no Canadá, Toronto e Montreal aparecem em evidência. Completam a lista de emissores a América Latina (4,7%) e Ásia (4,6%).

“Do ponto de vista internacional, a indústria do turismo de luxo ainda olha o Brasil como um destino meio irrelevante. Na América Latina ainda estamos como quarto ou quinto destino, atrás de Argentina, Peru e Chile e na faixa de atratividade do Equador. No entanto, temos um mercado nacional muito forte. Ele representa grande parte do turismo de luxo e isso cria um aspecto de troca cultural, que não existe em outros lugares, algo atrativo para este mercado”, explica Martin Frankenberg, presidente da BLTA.

PROMOÇÃO

Para aumentar esta representatividade do Brasil no mercado de luxo, a BLTA vem apostando forte na promoção internacional. A entidade realizou roadshows em Paris e Londres no primeiro semestre e levará o evento Nova York e Los Angeles em novembro. O evento contará com a parceria dos consulados brasileiros e terá a participação de cerca de 20 associados da entidade.

“Esses eventos são para a promoção, mas trabalhamos para quebrar mitos sobre as bad news que circulam lá fora. O nível de competição é muito grande, pois competimos com as belezas naturais de outros destinos e com aspectos negativos que são levantados”, completa Simone Scorsato.

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