
O Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio promoveu nesta quinta-feira (24/03) o primeiro de uma série de debates sobre o Turismo Náutico no Brasil. Ricardo Moesch; diretor do Departamento de Estruturação; Articulação e Ordenamento Turístico do Ministério do Turismo; falou sobre a visão estratégica do Turismo Náutico; enquanto Luiz Brito; assessor de Relações Institucionais da TurisRio abordou a atuação do Grupo de Apoio e Fomento ao Turismo Marítimo e Náutico do Estado; que completa 12 anos.
Moesch; que coordena o Grupo de Turismo Náutico do MTur; falou sobre a importância de investir na exploração das vias navegáveis do país. “60% dos Destinos Indutores possuem portos internos ou marítimos; o que demonstra a potencialidade do Brasil”. Segundo ele; o país tem capacidade de aumentar suas vias navegáveis de 13 mil para 54 mil km. “Para isso; será necessário um investimento de R$ 5;6 bilhões. Estamos trabalhando em parceria com a Holanda para desenvolver um projeto que viabilize essas condições.
O diretor do MTur citou ainda o exemplo da região Norte e seu potencial em gerar roteiros turísticos integrados com países vizinhos; que seriam uma alternativa até mesmo para o controle e segurança de nossas fronteiras. Moesch abordou ainda a necessidade de melhorar a qualidade dos serviços oferecidos pelo setor; assim como da infraestrutura dos portos. “De acordo com o Estudo de Competitividade realizado pelo MTur; o país está com uma média de 4;8. Temos que priorizar a qualificação profissional”; afirmou acrescentando que até a Copa o Ministério vai qualificar 3;2 mil profissionais do setor.
Moesch ressaltou ainda a importância de desenvolver um controle sobre a atividade náutica: “Assim poderíamos ter uma temporada de cruzeiros que durasse por todo o ano”. Ele levando alguns desafios do setor como a questão tributária especialmente para embarcações de pequeno e médio porte; a regulamentação da atividade e a adequação territorial.
@img2@Já Luiz Brito falou sobre os 12 anos de atuação do Grupo de Apoio e Fomento ao Turismo Marítimo e Náutico do Rio de Janeiro; e seu papel para impulsionar os cruzeiros marítimos no estado. “Estamos no caminho certo mas precisamos melhorar. Temos muito que discutir sobre a regulamentação do setor. O Brasil é um dos maiores construtores de navios; temos potencial para sermos grandes armadores. Precisamos pensar alto”; finalizou.
Ricardo Moesch