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É oficial! Celso Sabino decide deixar Ministério do Turismo

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Celso Sabino, ministro do Turismo (Janaina Brito/M&E)

Chegou ao fim o mandato de Celso Sabino como ministro do Turismo após semanas de indecisão e pressões políticas. Nesta sexta-feira (18), o dirigente informou ao presidente Lula que deixará o governo, decisão que será formalizada na próxima semana, após o cumprimento de compromissos já agendados no ministério.

O encontro entre Sabino e Lula durou cerca de uma hora e meia no Palácio da Alvorada, e o ministro explicou que pretende entregar a carta de demissão após a viagem do presidente aos Estados Unidos, onde participará da Assembleia Geral da ONU. Sabino destacou que a saída ocorrerá somente após cumprir agendas importantes, incluindo compromissos ligados à COP30 em seu estado.

Na noite de quinta-feira (18), o União Brasil, partido de Sabino, deu prazo de 24 horas para que o ministro decidisse sobre sua permanência no governo ou na legenda, após ruptura entre as partes. A cobrança ocorre em meio à federação recém-formada entre União Brasil e PP, que apresenta tendência opositora.

O presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, afirmou que “a fala do presidente Lula evidencia o valor da nossa independência e a importância de uma força política que não se submete ao governo”. Já o vice-presidente da legenda, ACM Neto, apresentou requerimento para que os ministros do partido deixem os cargos sob risco de infidelidade partidária.

Internamente, integrantes da direção do partido articulam votação urgente, na bancada da Câmara e na Executiva Nacional, sobre o possível desembarque do governo. O deputado Fábio Shiochet (SC), preso de ética do partido, classificou a cobrança de Lula como “falta de respeito” e defendeu a saída como questão de coerência.

Por outro lado, a ala governista do União Brasil não concorda totalmente com o rompimento. Alguns observam que o PP, aliado no governo, dificilmente abriria mão dos cargos que ocupa, como o Ministério do Esporte e a presidência da Caixa Econômica Federal, o que levanta questionamentos sobre a coerência em exigir a entrega apenas dos cargos do União Brasil.

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