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Embraer escapa de tarifa dos EUA e impulsiona Ibovespa com alta de 11%

Divulgacao Embraer Embraer escapa de tarifa dos EUA e impulsiona Ibovespa com alta de 11%
Decisão beneficia setor aeroespacial e alivia pressão sobre a economia brasileira (Divulgação/Embraer)

Na quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que oficializa a aplicação de uma tarifa de 50% sobre uma extensa lista de produtos importados do Brasil. A medida, que passa a valer no dia 6 de agosto de 2025, foi justificada pela Casa Branca como uma resposta a uma “emergência nacional” causada por ações e políticas brasileiras consideradas “incomuns” e “extraordinárias”. Entre as acusações, estão prejuízos a empresas americanas e restrições à liberdade de expressão no Brasil.

Apesar do impacto esperado, a fabricante brasileira de aeronaves Embraer ficou fora do chamado tarifaço. A ordem executiva isenta explicitamente os aviões civis e seus componentes, atendendo a um pedido conjunto dos governos brasileiro e americano. A notícia animou o mercado financeiro: as ações da Embraer saltaram cerca de 11% na Bolsa brasileira durante a tarde, depois de abrirem o dia em baixa. Esse movimento também ajudou o índice Ibovespa, que subiu 0,7%, alcançando cerca de 133,6 mil pontos.

Além da Embraer, outras exportações brasileiras importantes, como suco de laranja, petróleo, celulose, carvão, aço e seus derivados, além de castanhas, também foram poupadas. Já produtos como carne, café e frutas – que têm peso significativo nas vendas para os EUA – estão de fora da lista de isenções e terão a alíquota de 50% aplicada.

Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional

A justificativa oficial do decreto se baseia na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, de 1977, que autoriza o presidente americano a tomar medidas extremas diante de ameaças à segurança nacional. O documento também menciona acusações de perseguição política e limitações à liberdade de expressão no Brasil, destacando decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes desde 2019, que, segundo os EUA, teriam o objetivo de intimidar opositores políticos.

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