O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (7) que as medidas adotadas pelo governo para conter a alta do dólar devem começar a surtir efeito nas próximas semanas, refletindo nos preços dos alimentos e outros produtos. A declaração foi feita durante entrevista à Rádio Cidade, de Caruaru (PE).
Sem entrar em detalhes sobre as estratégias em curso, Haddad mencionou que a valorização da moeda americana no ano passado foi impulsionada pela eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. No entanto, segundo ele, o dólar já começou a perder força, saindo de um pico de R$ 6,30 para os atuais R$ 5,77.
“A tendência é de queda, e isso impacta diretamente nos preços”, disse o ministro, que também citou a safra agrícola recorde prevista para este ano como outro fator que pode contribuir para reduzir a inflação dos alimentos. “Vamos colher como nunca colhemos. E tem o ciclo do boi também, que está no final. Isso tudo ajuda a normalizar a situação”, afirmou.
Haddad também defendeu a política de valorização do salário mínimo, argumentando que, após sete anos de estagnação nos governos anteriores, o atual governo já conseguiu elevar o valor de R$ 1.100 para R$ 1.518. Segundo ele, o objetivo é continuar com reajustes, além de corrigir a tabela do Imposto de Renda e melhorar o poder de compra da população. “Você não conserta sete anos de erros em dois, mas estamos no caminho certo”, reforçou o ministro.
