
A Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, virou palco da 26ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ nesse domingo (20), reunindo uma multidão que seguiu em cortejo até a Praça Sete. O evento trouxe o tema “Envelhecer bem: direito às políticas públicas do bem viver, ao prazer e à cidade”, destacando pautas ligadas ao envelhecimento da população LGBTQIA+.
A festa foi marcada por bandeiras, corpos livres, discursos políticos e muita música nos trios elétricos que cruzaram uma das principais avenidas da capital mineira. Entre os nomes presentes, estavam a ministra da Igualdade Racial, Macaé Evaristo, e as deputadas federais Célia Xakriabá (PSOL-MG) e Duda Salabert (PDT-MG).
Apesar da grande adesão, a Parada deste ano também enfrentou turbulência nos bastidores. Dias antes do evento, uma liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu parte do repasse de R$ 450 mil da Prefeitura à organização responsável, o Cellos-MG (Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual e Identidade de Gênero).
A decisão, assinada pelo juiz Danilo Couto Lobato Bicalho, atendeu à ação popular dos vereadores Uner Augusto e Phablo Almeida, ambos do PL, que questionaram a contratação direta da entidade sem chamamento público. Eles alegam ausência de justificativas técnicas que autorizem a dispensa de licitação.
Até o momento, nem a Prefeitura nem os organizadores divulgaram uma estimativa oficial de público, e não houve posicionamento oficial da gestão municipal sobre a decisão judicial.