
O governo brasileiro está finalizando um plano de contingência para enfrentar a sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos às importações brasileiras. A força-tarefa, liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, tem como objetivo apresentar as medidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda esta semana.
Entre as estratégias em análise está a criação de uma linha de crédito para apoiar os setores mais afetados pela medida, especialmente o segmento de pescados. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a prioridade do governo: “Nosso foco é negociar com a Casa Branca a revisão dessa medida, e não retaliar empresas ou cidadãos americanos”.
A Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada em abril e regulamentada em julho, permanece como último recurso caso as negociações não avancem. Haddad reforçou a preocupação do governo com os impactos da sobretaxa: “Queremos chamar a atenção dos Estados Unidos para os efeitos negativos dessa sobretaxa, que podem afetar cadeias produtivas e elevar o custo de vida no país deles”.
Entidades do turismo brasileiro têm acompanhado de perto os possíveis impactos da sobretaxa americana, especialmente nas áreas de turismo internacional, eventos corporativos e comércio ligado ao setor. O plano de contingência do governo deve considerar essas consequências indiretas, já que a instabilidade econômica e a redução no fluxo de turistas americanos podem afetar a recuperação e o crescimento do turismo nacional nos próximos meses.
*Com informações da Veja Negócios.