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Sob liderança do Brasil, ONU Turismo elege primeira mulher como secretária-geral

Sheikha Nasser 1 Sob liderança do Brasil, ONU Turismo elege primeira mulher como secretária-geral
Em decisão histórica, Shaikha Nasser Al Nowais, dos Emirados Árabes Unidos, assume protagonismo feminino à frente da entidade internacional; Brasil presidiu processo eleitoral (Reprodução/Shaikha Nasser Al Nowais)

Em um marco inédito para o setor global de turismo, a Organização das Nações Unidas para o Turismo (ONU Turismo) elegeu, nesta sexta-feira (30), a primeira mulher da história a ocupar o cargo de secretária-geral da entidade. A escolhida foi Shaikha Nasser Al Nowais, representante dos Emirados Árabes Unidos, que comandará a organização no período de 2026 a 2029.

A votação aconteceu durante a 123ª reunião do Conselho Executivo da ONU Turismo, realizada em Segóvia, na Espanha, sob presidência do ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino. A candidatura de Al Nowais venceu concorrentes de Gana, Grécia, México e Tunísia, recebendo 24 dos 35 votos dos países membros do conselho.

A eleição marca um momento simbólico para a entidade, justamente quando se aproximam os 50 anos de sua criação, em 2025. “Vivemos em Segóvia um momento inédito para a ONU Turismo, com a eleição da primeira mulher a comandar a entidade desde sua criação em 1975. Em um setor cuja força de trabalho é majoritariamente feminina, essa conquista representa um passo importante para a representatividade e o futuro da atividade turística mundial”, declarou Sabino.

A nova secretária-geral deverá assumir o posto atualmente ocupado pelo georgiano Zurab Pololikashvili, mas seu nome ainda será submetido à aprovação da Assembleia Geral da ONU, prevista para novembro, em Riad, na Arábia Saudita.

Durante seu discurso, Al Nowais destacou o potencial turístico de todos os continentes e a importância de parcerias com órgãos regionais de turismo. A candidata também sinalizou interesse em fortalecer a cooperação com os escritórios regionais da ONU Turismo — o das Américas e Caribe está sediado no Brasil.

O resultado da eleição é visto como um reforço da influência diplomática brasileira no cenário turístico internacional, evidenciada pela liderança no processo de escolha e pelo protagonismo na articulação de pautas em defesa da equidade de gênero no setor.