O União Brasil subiu o tom contra o ministro do Turismo, Celso Sabino (PA). A cúpula da legenda já avisou que, caso ele decida permanecer no governo Lula, será expulso do partido. O impasse precisa ser resolvido ainda nesta sexta-feira (19).
Dirigente do União, Sabino é visto como peça-chave para o Planalto no comando do Turismo, sobretudo diante da organização da COP-30, que acontecerá em Belém, em 2025. Para os líderes da sigla, no entanto, não há espaço para licença ou adiamento: a escolha é entre o governo e o partido.
A situação colocou o ministro em uma encruzilhada política. No Pará, sua presença à frente da pasta é considerada estratégica, já que o Turismo dá visibilidade e pode fortalecer seu nome em futuras disputas eleitorais. Por outro lado, a direção do União avalia que ele vem se aproximando demais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive participando de atos oficiais, como o 7 de setembro, trajado com símbolos do governo.
O atrito ganhou força após o Planalto ser acusado de influenciar investigações que atingem o presidente do União, Antônio Rueda. Ele teve o nome citado em apurações da Polícia Federal sobre uso de jatos executivos em voos ligados ao crime organizado.
Em reação, o partido fechou fileira em defesa de Rueda e acelerou a decisão de deixar a base aliada. A resposta veio da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que usou as redes sociais para criticar a nota do União. “Repudio as acusações infundadas e levianas. O partido tem todo direito de decidir pela saída de seus membros. O que não pode é atribuir falsamente ao governo a responsabilidade por publicações que associam dirigente do partido a investigações sobre crimes. Isso não é verdade”, escreveu.
*Com informações da CNN
