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Serviços

CNC constata queda de confiança do mercado pelo terceiro mês consecutivo

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) constatou que pelo terceiro mês consecutivo os comerciantes brasileiros se mostraram menos otimistas. Segundo a pesquisa, o indicador teve redução mensal de 1,3% em novembro. O resultado, no entanto, não anulou a performance da confiança empresarial, que subiu cerca de 9,7% em 2021.

José Roberto Tadros, presidente da CNC

José Roberto Tadros, presidente da CNC

“Os dados indicam que, apesar de fundamental, o avanço da vacinação já não tem sido mais suficiente para injetar ânimo no comércio. Será preciso que a situação da economia melhore para a recuperação acontecer”, afirma José Roberto Tadros, presidente da CNC.

Apesar de ter caído oito vezes em onze meses, indicando oscilação do otimismo, o índice registrou 119 pontos, permanecendo na zona de satisfação, acima dos 100 pontos. Os resultados foram influenciados por variações adversas no subíndice Condições Atuais do Empresário do Comércio, que teve reduções em todos os itens que o compõem: condições atuais da economia, do setor e da empresa.

Entre os componentes apurados pelo Icec, apenas o que se refere às intenções de investimento variou positivamente no mês, com crescimento de 0,5%, o que, segundo a análise, pode ser atribuído ao término do ano e à sazonalidade das compras de Natal. Por outro lado, o item relativo a condições atuais do empresário do comércio apresentou a maior queda mensal, 4,1%. Expectativas do empresário do comércio contou com menor retração, de 0,7%.

Além dos fatores diretos, outros ingredientes compõem um cenário de redução de confiança dos empresários, como o encerramento do auxílio emergencial; o endividamento das famílias e a taxa de desemprego ainda elevada, além inflação; a desvalorização da moeda, os juros; a escalada dos preços dos combustíveis e o aumento da energia nas vésperas da chegada do verão.

“Na prática, compõem um conjunto de elementos que se tangenciam na contramão da virtuosidade, tornando a fase de recuperação mais complexa. O contexto ajuda a explicar, então, por que há maior circulação de pessoas, e a movimentação parece não impactar o crescimento das vendas e do otimismo.”, observa Antonio Everton, economista da CNC responsável pela pesquisa.

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