Companhias aéreas dos EUA reduzem perspectivas em meio a demissões em massa e ameaça de tarifas

Empresas revisam previsões para o primeiro trimestre (Pixabay)

Nesta terça-feira (10), as companhias American, Southwest e JetBlue divulgaram perspectivas mais baixas para o primeiro trimestre, justificando preocupações mais amplas sobre a economia.

• American disse que esperava que as receitas totais permanecessem estáveis ​​após vivenciar fraqueza na demanda doméstica e o impacto do voo 5342, uma colisão fatal que ocorreu perto do Aeroporto Nacional Reagan em janeiro.
• Southwest disse que os incêndios florestais na Califórnia, a queda nas viagens do governo e as tendências gerais de demanda macroeconômica levaram sua orientação do primeiro trimestre a ficar abaixo do esperado. Ainda prevê que a receita por assento-milha disponível aumente em até 4%, abaixo da orientação anterior de um aumento de 5% a 7%.
• JetBlue disse que espera que a receita por assento-milha disponível, ou quanta receita ela gera para cada assento, permaneça a mesma de sua orientação anterior, que projetava um aumento de até 3,5%.

“A JetBlue também está enfrentando instabilidade na demanda devido a indicadores macroeconômicos mistos, resultando em uma receita do período mais baixo com desempenho abaixo das expectativas no primeiro trimestre”, disse a transportadora em um documento regulatório, atribuindo em parte a previsão mais fraca a interrupções relacionadas ao clima.

Companhias aéreas alertam sobre gastos do consumidor

As perspectivas mais baixas ocorrem em um momento em que o setor enfrenta uma maior incerteza econômica, provocada por demissões em massa no governo federal e pela ameaça de tarifas.

A Delta também disse na segunda-feira (10) que espera um crescimento mais lento durante o primeiro trimestre, principalmente pelos mesmos motivos: “Mesmo que tenhamos passado por um pequeno susto, ainda seremos tão lucrativos quanto fomos no ano anterior”. A transportadora sediada em Atlanta viu uma “mudança bastante significativa” no sentimento do PIB em fevereiro: “Como resultado disso, vimos as empresas começarem a recuar em termos de gastos corporativos, começaram a estagnar, os gastos do consumidor começaram a estagnar”.