Protocolos são indispensáveis para 82% do trade sul-americano, diz pesquisa

Uma pesquisa conduzida pela Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur) e Interamerican Network apontou os fatores considerados cruciais para que os diferentes setores do trade consigam encontrar uma estratégia adequada para promover e comercializar um destino na esteira da crise.

A pesquisa revelou que os respondentes dão importância absoluta à segurança sanitária, além da disponibilidade de leitos no sistema de saúde e a correta preparação de todos os segmentos ligados à experiência turística (hotéis, bares e restaurantes, atrativos turísticos e equipamentos de lazer, entre outros), para um local ser promovido.

O levantamento, realizado em agosto, foi respondido por quase 600 profissionais sul-americanos do turismo e da imprensa especializada

O levantamento, realizado em agosto, foi respondido por quase 600 profissionais sul-americanos do turismo e da imprensa especializada – 90% deles brasileiros e 10% de outros países (Chile, Argentina e Colômbia) –, e a maioria trabalha em agências de viagens (58%) e operadoras (11%), lidando majoritariamente com o segmento de lazer (83%), seguido por MICE (8%) e corporativo (5%).

Para 82% dos pesquisados, é totalmente indispensável que sejam adotados protocolos que excedam os atualmente oferecidos, em especial se as medidas implementadas estiverem alinhadas com padrões globais e forem reconhecidas por órgãos renomados. Nesse quesito, 62% acreditam totalmente e 27% parcialmente que o reconhecimento das ações sanitárias da região por instituições internacionais como o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), que concede a certificação Safe Travels, por exemplo, é um diferencial de alta relevância.

Oferta de quartos e serviços turísticos

A oferta de quartos hospitalares também é tida como um fator decisivo para promover um local, com 30% dos entrevistados concordando totalmente e 37% em parte com tal afirmação. E a presença de grandes marcas é mais uma razão que ajudará a aumentar a confiabilidade no destino, premissa com a qual 32% dos participantes concorda totalmente e 41% parcialmente.

Sobre os serviços turísticos estarem operando normal e adequadamente para que a região possa ser divulgada, 50% acreditam plenamente e 27% parcialmente que isso seja necessário, o que quer dizer que é imprescindível para empresas e órgãos do setor identificar o timing certo para retomar as iniciativas desse tipo, evitando riscos como o de comprometer a reputação do lugar, assunto também abordado pelo estudo.

Atributos a serem considerados

Nesse cenário de “novo normal” e “novo turismo”, os profissionais também responderam sobre os atributos que devem ser considerados para o destino ter um posicionamento eficiente nos próximos anos. Para eles, a qualidade da infraestrutura turística é o aspecto que mais deve ser levado em conta, com 96% das preferências.

A seguir vêm o comprometimento com o meio ambiente (76%), a diversidade de atrativos naturais (70%), a ampla oferta de entretenimento ao ar livre (70%) – fator considerado provavelmente por influência da Covid-19 – e a empatia com cidadãos, residentes e visitantes (68%).

Já os temas menos citados foram mercado de trabalho atrativo (14%), ecossistema empresarial diversificado (16%), facilidade para abertura de negócios (17%), cultura cívica e participativa (20%) e proteção às minorias (20%).