
O total de brasileiros com dívidas ou contas em atraso aumentou pelo terceiro mês seguido, alcançando 25,6% do total de famílias
Voltou a crescer o total de brasileiros endividados em julho, chegando a 71,4%, um recorde histórico. É o maior percentual desde janeiro de 2010, quando a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) começou a realizar a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). A alta foi de 1,7 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 4 pontos na comparação com julho de 2020.
De acordo com a Peic, o aumento no número de endividados ocorreu nas duas faixas de renda pesquisadas. O percentual entre as famílias que recebem até dez salários mínimos, porém, chama mais a atenção: passou de 70,7%, em junho, para 72,6%, em julho – recorde da série histórica. No mesmo mês do ano passado, havia ficado em 69%.
O total de brasileiros com dívidas ou contas em atraso aumentou pelo terceiro mês seguido, alcançando 25,6% do total de famílias – 0,5 ponto acima do nível de junho. O percentual, porém, ficou 0,7 ponto abaixo do apurado em julho de 2020. A parcela dos consumidores que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que permanecerão inadimplentes aumentou de 10,8% para 10,9% na passagem mensal.