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Política / Serviços

WTTC: “retomada internacional precisa de uma ação coordenada”

Segunda edição do Broadcast SP pra Todos recebeu o vice-presidente de Relações Governamentais e Corporativas do Expedia Group, Jean-Philippe Monod de Froideville, e a presidente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), Gloria Guevara.

Segunda edição do Broadcast SP pra Todos recebeu o vice-presidente de Relações Governamentais e Corporativas do Expedia Group, Jean-Philippe Monod de Froideville, e a presidente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), Gloria Guevara

A segunda edição do Broadcast SP pra Todos foi realizada na tarde desta terça-feira (16) e – sob o comando do secretário de Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz – a live recebeu o vice-presidente de Relações Governamentais e Corporativas do Expedia Group, Jean-Philippe Monod de Froideville, e a presidente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), Gloria Guevara.

De acordo com Lummertz, o objetivo desta segunda edição era falar um pouco mais sobre o mercado bem como o perfil do consumidor e das tendências. Gloria fez uma apresentação na qual mostrou os cenários possíveis do impacto da pandemia da Covid-19 na indústria de viagens e Turismo. Antes disso, ela fez um panorama geral do setor.

“Em 2019, o Turismo cresceu 2,5%, sendo que um em cada quatro novos empregos criados no mundo foi nosso setor. No ano passado, o Turismo era responsável por 330 milhões de empregos e por 10,3% do PIB”, lembrou. “Em um cenário pessimista, o turismo internacional pode ter uma queda de 73% e o doméstico de 64%”, complementou.

Gloria, então, foi questionada por Lummertz como evitar este pior cenário. Na projeção mais otimista, o setor perderia 30% dos empregos e 30% do PIB mundial. O fluxo teria uma queda de 41% no internacional e 26% no doméstico. Mas atingir este resultado não é uma tarefa fácil, segundo a presidente do WTTC.

Gloria Guevara, presidente do WTTC

Gloria Guevara, presidente do WTTC

“Temos pesquisas de crises passadas e podemos tirar lições. Se olharmos para o 11 de setembro, na época havia muito medo de viajar”, destacou. Ela lembrou que retomar a confiança do viajante é algo essencial e revelou que muitos hotéis associados ao WTTC têm recebido médicos e enfermeiros e que estes empreendimentos estão livres da Covid-19. “Quando vemos as experiências da Sars, da Mers e do Ebola, elas era diferentes, porque agora 80% das pessoas são assintomáticas, então é necessário adotar protocolos”, defendeu.

O principal, no entanto, é que seja feita uma política coordenada entre os países. Gloria Guevara acredita que as aberturas devam acontecer primeiro nacionalmente, depois regionalmente para só então iniciar a recuperação das viagens internacionais. “É preciso eliminar as proibições e barreiras, ou o impacto nos empregos e na economia será o dobro”, alertou.

Usando o exemplo da Austrália e da Nova Zelândia, que controlaram a disseminação do novo coronavírus e criaram uma espécie de corredor, com o Turismo acontecendo entre os dois países. Para ela, isso – que ela chamou de bolha – é o que irá balizar a retomada internacional.  Para isso, porém, ela afirma ser necessário a adoção de protocolos e de segurança iguais. “O Brasil pode pensar nos seus vizinhos, como Paraguai, Argentina e Chile, por exemplo. Antes de abrir para o mundo, teremos estas bolhas”, disse.

Queda brusca

Falando da Bélgica, o vice-presidente de Relações Governamentais e Corporativas do Expedia Group, Jean-Philippe Monod de Froideville, revelou que o impacto da pandemia nos negócios da OTA foi entre 85 e 90%, além das repatriações e remarcações. Agora, porém, com a reabertura gradual da Europa e a chegada do verão no Hemisfério Norte, o executivo espera uma retomada. “Devemos ter um aumento nas viagens nacionais, depois regionais”, acredita.

Para contribuir com os viajantes, a Expedia vai incluir em seus filtros de busca justamente a adoção dos protocolos sanitários por parte dos hotéis. “A volta das viagens depende da reconstrução da confiança do turista, por isso será importante padronizar os protocolos adotados. O Brasil tem que estar alinhado com o resto do mundo”, afirmou.

Instrumento da retomada

Lummertz encerrou a transmissão destacando que há 70 anos, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, as viagens também foram paralisadas. E relembra como foi a recuperação na época. “As viagens foram retomadas nas democracias e nos países livres. O nosso ambiente ajudou o mundo no processo de internacionalização. O Turismo e o comércio internacional deram muitas lições na época. As pessoas querem e vão continuar viajando. O Turismo é uma conquista da civilização”, finalizou.

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