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Dólar cai ao menor valor desde junho de 2024

Luisa Gonzalez Reuters Dólar cai ao menor valor desde junho de 2024
Moeda americana recua para R$ 5,30 e bolsa brasileira ultrapassa 143 mil pontos com otimismo sobre cortes de juros nos EUA (Luisa Gonzalez/Reuters)

O dólar iniciou esta segunda (15) em queda e atingiu R$ 5,30, o menor valor desde junho de 2024. Por volta das 13h, a moeda recuava 0,83%. Já o Ibovespa operava em alta de 1,02%, chegando a 143.724 pontos, acima do recorde da semana anterior. O movimento foi impulsionado pela expectativa de cortes nos juros americanos e pela divulgação de indicadores locais.

A aposta do mercado é que o Federal Reserve (banco central americano) anuncie nesta quarta (17) uma redução de 0,25 ponto percentual nos juros, atualmente entre 4,25% e 4,5%. Esse cenário enfraquece o dólar, já que diminui o retorno dos títulos do Tesouro dos EUA, e fortalece moedas de países emergentes, como o real.

O presidente Donald Trump usou suas redes sociais para pressionar o Fed. Ele pediu que Jerome Powell, presidente da instituição, promova um corte “mais amplo” nas taxas, acusando-o de estar “atrasado” nas decisões. Além da taxa, o banco central americano deve divulgar projeções de longo prazo, incluindo o “dotplot”, que mostra a visão sobre os próximos anos de política monetária.

No Brasil, o Banco Central divulgou o boletim Focus, que reduziu a projeção de inflação para 2025 de 4,85% para 4,83%. Para 2026, a estimativa seguiu em 4,30%. Já a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2025 permaneceu em 2,16%, mas a de 2026 caiu de 1,85% para 1,80%. A taxa Selic foi mantida em 15% ao ano, nível atual. O BC também apresentou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de julho, que caiu 0,5% frente a junho. Foi o terceiro recuo seguido do indicador, considerado uma prévia do PIB. O resultado veio pior do que a expectativa de queda de 0,2%, reforçando sinais de desaceleração da economia brasileira.

A combinação entre cortes nos juros americanos e ajustes internos será determinante para o rumo do dólar, do real e do mercado acionário brasileiro nos próximos meses.

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