
Julho chegou e com ele um velho desafio para as empresas: conciliar férias escolares com agendas lotadas de reuniões. O resultado? Uma explosão nos preços de viagens corporativas. Um levantamento inédito da VExpenses, plataforma de gestão de despesas e viagens da VR, revela que o mês se transformou em uma espécie de “alta temporada executiva”, onde o custo para embarcar pode ser até 79% maior do que em outros períodos.
Os dados apontam que, só entre 2023 e 2024, o número de pedidos de férias feitos por trabalhadores cresceu mais de 30% em julho, atrás apenas do verão. Com isso, o mercado sente os efeitos diretos na hora de emitir passagens e reservar hospedagens. Uma viagem aérea entre São Paulo e Belo Horizonte, por exemplo, chegou a custar R$ 1.282,54 na primeira semana do mês — valor que despenca para R$ 269,35 no fim de julho.
Nos hotéis, o cenário também pesa no bolso. Em Belo Horizonte, as diárias alcançaram os R$ 452,20, representando alta de 31%. O estudo analisou rotas frequentes como São Paulo, Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro, com base em cotações reais.
Segundo Thiago Campaz, cofundador da VExpenses, a saída está em planejamento com inteligência de dados. “As empresas que antecipam suas viagens ou transferem compromissos para agosto conseguem economizar até 45% nos custos”, explica.
A movimentação não é pequena: dados da Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas) indicam que só em julho de 2024 foram registradas 1,7 milhão de transações corporativas, número próximo dos tempos pré-pandemia.
A combinação entre férias escolares, aumento na demanda de lazer e compromissos profissionais se tornou uma equação difícil de resolver — mas que pode ser driblada com tecnologia. A VExpenses usa dados de comportamento de preços e sazonalidade para ajudar empresas a encontrar janelas estratégicas, economizando em uma época em que cada real faz diferença.