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Workation: tendência vem ganhando cada vez mais espaço entre os brasileiros

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Passeios fora do horário comercial, como o “Amanhecer no mirante de Dona Marta e Cristo Redentor”, possibilitam conciliar experiências com a rotina de trabalho (Divulgação/Civitatis)

Workation é um hábito de viagem que surgiu em tempos de pandemia e se baseia em unir a jornada profissional, seja remota ou híbrida, e experiência turística. Segundo a Civitatis, a procura por hospedagens e passeios que oferecem infraestrutura, flexibilidade e se adequem aos períodos de trabalho remoto tem crescido ao longo de 2025, refletindo uma mudança no comportamento do viajante.

“A workation combina produtividade e qualidade de vida, uma das grandes prioridades das novas gerações. É uma forma de viajar e viver experiências turísticas sem romper a rotina profissional, e isso tem chamado a atenção de viajantes que têm jornadas flexíveis de trabalho”, afirmou Alexandre Oliveira, Country Manager da Civitatis no Brasil.

O executivo cita como exemplo o passeio “Amanhecer no Mirante de Dona Marta e Cristo Redentor”, no Rio de Janeiro, oferecido pela Civitatis, que termina às 8h, permitindo que os viajantes conciliem a experiência turística com a rotina de trabalho.

Trabalho remoto e menos custo no bolso

O fenômeno não surge do nada: o teletrabalho, ou trabalho remoto, já está consolidado no país. Em 2022, o IBGE registrou 7,4 milhões de brasileiros que praticavam teletrabalho. É bem verdade que muitas empresas estão incentivando o retorno ao escritório, mas o home office veio para ficar: uma pesquisa da Swile com 800 empresas em 2024 mostrou que 13% da força de trabalho continua remota, e 32% trabalha em modelo híbrido – ou seja, quase metade dos trabalhadores ainda têm alguma flexibilidade, o que amplia o público potencial para as workations.

Além da vantagem do trabalho remoto, a tendência também pode aliviar o bolso durante as viagens. Se antes pagar passagens caras por precisar voltar num domingo ou no fim de um feriado era inevitável, com a workation, esticar a estadia virou também uma vantagem financeira: viajar alguns dias a mais permite escolher retornos em dias alternativos, como terça ou quarta, quando as tarifas costumam ser mais baixas.

Além de evitar o pico de embarques de fim de semana e feriados, a prática reduz o custo médio por noite ao possibilitar o aproveitamento de tarifas semanais, descontos para estadias prolongadas e maior margem para negociar condições de hospedagem.

O que os brasileiros estão buscando

De acordo com a Civitatis, o viajante brasileiro que opta por workations busca experiências locais que permitam conciliar trabalho e lazer, como passeios ao final do dia, trilhas pela manhã e experiências gastronômicas que sejam facilmente encaixáveis na rotina.

“Temos ampliado a oferta de passeios flexíveis para quem pretende trabalhar parte do tempo e explorar o destino em horários fora do expediente”, explicou Alexandre.

Possibilitar, em muitos casos, cancelamento até 24 horas antes de um passeio também se provou um atrativo para brasileiros na Civitatis, contou Alexandre Oliveira, já que ao conciliar rotina de trabalho com viagem, os planos podem mudar de um dia para outro.

Passaporte forte e destinos que combinam custo e qualidade de vida

A difusão das workations entre os brasileiros também é favorecida pela força do nosso passaporte: hoje ele permite entrada sem visto ou com visto na chegada em cerca de 170 países e territórios, o que amplia o rol de destinos acessíveis para quem deseja trabalhar remotamente fora do Brasil.

Para brasileiros, isso facilita a escolha de destinos para workations. Além do fácil acesso, locais com conectividade de voos diretos e custos de vida moderados tendem a despontar como escolhas naturais para esse perfil de viajante.

Na prática, isso engloba cidades europeias com voos diretos a partir de São Paulo e Rio de Janeiro, capitais latino-americanas bem conectadas e destinos paradisíacos no Brasil com boa conexão de internet e fácil acesso aos principais centros urbanos.

Natureza, segurança e oferta cultural também entram na conta, explica Alexandre. “O workation só faz sentido se o local convidar tanto ao trabalho quanto ao descanso”, complementou o country manager da Civitatis Brasil.

Oportunidade para o setor turístico

Para operadores e destinos, a expansão das workations representa uma oportunidade para fornecedores do setor turístico oferecerem passeios mais flexíveis — tanto em políticas de cancelamento quanto em horários — e ampliar ofertas diferenciadas para estadias mais longas.

“Ao oferecer soluções práticas, desde traslados que funcionem no horário de reuniões até tours que comecem ao final do expediente, os destinos ampliam o apelo para esse público”, concluiu Alexandre.

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