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Opinião

O crescimento do visto brasileiro: uma ascensão no mercado de turismo

Por Paulo Rezende, diretor comercial da Amadeus Brasil

Paulo Rezende, country manager da Amadeus no Brasil

Paulo Rezende

Desde janeiro, os turistas do Canadá, do Japão, da Austrália e dos Estados Unidos podem viajar para o Brasil de forma muito mais rápida e fácil em virtude do programa eVisa, um processo de emissão de visto eletrônico do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. E parece que esses turistas já estão aproveitando as facilidades do programa. De acordo com dados do Ministério, o número de concessões de visto subiu 49% no início de 2018 em comparação com o mesmo período do ano passado.

Esse processo pode não parecer muito empolgante ou problemático, mas representa um novo mundo de possibilidades para o turismo brasileiro. Em primeiro lugar, os vistos podem ser obtidos em menos de 72 horas por meio do programa. A facilidade do processo é sem precedentes quando se trata de permissões de visita, e essa iniciativa sozinha já representa alterações e progresso nessa frente. Todo o processo também pode ser realizado on-line, e a matemática é muito simples: com menos burocracia, mais turistas serão capazes de desfrutar de todos os destinos no Brasil. Agora mesmo, mais de 95% dos vistos expedidos para australianos em 2018 foram por meio do programa eVisa.

Embora haja muito espaço para crescer neste aspecto, um processo de visto mais rápido e simples pode ser uma característica muito atraente para os turistas que estão à procura de um lugar para passar as suas férias. Um aumento dos vistos significa que mais turistas estão visitando o Brasil e injetando dinheiro na nossa economia, gerando empregos e renda para os brasileiros direta e indiretamente ligados à indústria do turismo. Vinculada a essa tendência, está a expansão de rotas internacionais para destinos brasileiros, algo que beneficia não só os visitantes dos EUA, do Canadá, do Japão e da Austrália, mas todo mundo que deseja colocar os pés em solo brasileiro.

O número crescente de destinos brasileiros com voos diretos do exterior também fazem parte das iniciativas para trazer mais turistas para o país. Por exemplo, desde 2017, o Rio tem uma rota de voo sem escala de Orlando, Flórida, EUA. Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, está estudando agora a possibilidade de ter voos diretos para Oslo, na Noruega e Estocolmo, na Suécia. Por outro lado, já está confirmado que a empresa holandesa Corendon terá dois voos semanais de Amsterdã para Natal no próximo ano, com uma estimativa de US$ 7,9 milhões gerados com a nova rota de voo.

Dito isto, é importante destacar que medidas simples, tais como a simplificação do processo de visto, pode trazer muitos benefícios para a indústria e o cenário do turismo brasileiro nunca pareceu tão promissor.

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