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Destinos / Parques e Atrações / Política

Governo inclui Chapada dos Guimarães, Serra da Bodoquena e mais sete parques no PPI

Parque da Serra da Bodoquena, em Bonito (MS)

Parque da Serra da Bodoquena, em Bonito (MS)

O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira (14) o Decreto nº 10.673, que qualifica nove parques nacionais para o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e as inclui no Programa Nacional de Desestatização (PND).  O projeto visa a concessão dos serviços públicos de apoio à visitação, à conservação, à proteção e à gestão das unidades.

A lista inclui Floresta Nacional de Brasília (DF), Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ) , Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT), Parque Nacional de Ubajara (CE), Parque Nacional da Serra da Bocaina (divisa de RJ e SP), Parque Nacional da Serra da Capivara (PI), Parque Nacional da Serra da Bodoquena (MS), Parque Nacional do Jaú (AM) e Parque Nacional de Anavilhanas (AM).

“O objetivo é aprimorar e diversificar os serviços ofertados nas unidades, garantindo o aproveitamento sustentável das potencialidades econômicas existentes, além de agregar maior eficiência na gestão e na conservação da biodiversidade, aliada à geração de emprego e renda para a população local”, diz o comunicado divulgado na página do PPI.

Os projetos tratam da concessão, isto é, os patrimônios continuam sendo da União. O parceiro privado realizará os investimentos na Unidade de Conservação, com várias obrigações a serem cumpridas e fiscalizadas pelo setor público.

CONHEÇA AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Floresta Nacional de Brasília: A Floresta Nacional de Brasília é uma Unidade de Conservação federal gerida pelo ICMBio. Criada em 1999, protege uma área de cerrado de 9 mil hectares e é uma das unidades responsáveis pela manutenção das nascentes que irrigam a maior represa da região, a do Descoberto, responsável por aproximadamente 70% do abastecimento de água do Distrito Federal.

Parque Nacional da Serra dos Órgãos: O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é uma Unidade de Conservação Federal gerida pelo ICMBio. Foi criado pelo Decreto-Lei nº 1.822, de 30 de novembro de 1939, para proteger a  paisagem e a biodiversidade deste trecho da Serra do Mar na Região Serrana do Rio de Janeiro. São 20.024 hectares protegidos nos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim.

O Parque protege importante remanescente de Mata Atlântica, que apresenta quatro fisionomias vegetais distintas. Abriga mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas pela ciência, 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, incluindo 130 animais ameaçados de extinção e muitas espécies endêmicas.

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães: O PNCG é uma Unidade de Conservação Federal criada em 1989 por Decreto Lei 97.656, que delimitou área total aproximada de 33.000 hectares. Alcança terras dos municípios de Chapada dos Guimarães e de Cuiabá. Constitui uma das duas UCs federais na região de cerrado de Mato Grosso e a única localizada em área de chapada do Estado.

Pelo fato de estar localizado integralmente no Cerrado e nas proximidades dos biomas Amazônia e Pantanal, somado aos seus aspectos físicos, conferem-se ao PNCG características ímpares, favorecendo a riqueza de sua biodiversidade, a variedade de ambientes e a existência de paisagens exuberantes. Essa importância fez com que o parque se tornasse área núcleo da Reserva da Biosfera do Pantanal, declarada pela Unesco em 2000.

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (Foto: Embratur)

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (Foto: Embratur)

Parque Nacional de Ubajara: Criado em 30 de abril de 1959 pelo Decreto n° 45.954/59, o Parque Nacional de Ubajara, no Ceará, é uma Unidade de Conservação Federal de Proteção Integral, e possui uma área total de 6.851 hectares. Localizado nos municípios de Ubajara, Tianguá e Frecheirinha, tem como  grande atração a Gruta de Ubajara. Situada em uma depressão de 535 metros em relação à plataforma superior do teleférico, a Gruta tem extensão de 1.200 metros, com aproximadamente 75 metros de profundidade em relação à entrada. O visitante tem acesso a uma extensão de aproximadamente 450 metros entre galerias, com um desnível de 35 metros de profundidade.

Parque Nacional da Serra da Bocaina: A criação do Parque se deu pelo Decreto Federal n° 68.172, de 04 de fevereiro de 1.971, com área de 134.000 ha, sendo posteriormente modificado pelo Decreto Federal n° 70.694, de 08 de junho de 1.972, totalizando uma área de 104.000 ha, da qual cerca de 60% localiza-se no Estado do Rio de Janeiro e 40% no Estado de São Paulo.

O Parque representa um importante fragmento do Domínio da Mata Atlântica, agrupando ampla diversidade de tipos vegetacionais, grandes extensões contínuas de áreas florestadas, sob diversos domínios geomorfológicos. Abrange desde áreas costeiras até vertentes íngremes no alto do planalto dissecado da Bocaina, do nível do mar a 2.088 metros de altitude. É considerado um dos principais redutos de Floresta Atlântica, coberto pela Floresta Ombrófila Densa (Submontana, Montana e Alto Montana), Floresta Ombrófila Mista Alto Montana e Campos de Altitude, ainda em bom estado de conservação, apesar de pontos de interferência humana.
Parque Nacional da Serra da Capivara: O Parque é Unidade de Conservação Federal criada por meio do Decreto de nº 83.548 de 5 de junho de 1979, com área de 100.000 hectares. A proteção ao Parque foi ampliada pelo Decreto de nº 99.143 de 12 de março de 1990 com a criação de Áreas de Preservação Permanentes adjacentes com total de 35.000 hectares. Localizado no semi-árido nordestino, fronteira entre duas formações geológicas, com serras, vales e planície, o parque abriga fauna e flora específicas da Caatinga. Os principais atrativos são as paisagens e os sítios arqueológicos com pinturas rupestres e grafismos gravados sobre os paredões areníticos.

Em 1991, pelo seu valor histórico e cultural, foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco). No Parque encontra-se a maior concentração de sítios arqueológicos atualmente conhecida nas Américas, com mais de mil sítios cadastrados. Nos abrigos, além das manifestações gráficas, encontram-se vários vestígios da presença do homem pré-histórico, com datações mais antigas conhecidas no continente americano. A região abriga 173 sítios arqueológicos abertos à visitação.

Parque Nacional da Serra da Bodoquena: Localizado na faixa de 150 km ao longo da fronteira entre o Brasil e o Paraguai,  é Unidade de Conservação Federal criada em 2000 por Decreto Presidencial, que delimitou área total aproximada de 76.481 hectares, abrangendo os municípios de Bodoquena, Porto Murtinho, Bonito e Jardim, todos localizados no Mato Grosso do Sul (MS).

Pelo fato de estar inserido integralmente no Cerrado, mas sofrendo influências dos biomas Mata Atlântica e Pantanal, seus aspectos físicos conferem ao Parque características ímpares, favorecendo a riqueza de sua biodiversidade, a variedade de ambientes e a existência de paisagens exuberantes. Essa importância fez com que o parque se tornasse área núcleo da Reserva da Biosfera do Pantanal e da Mata Atlântica, declaradas, respectivamente, em 2000 e 1991.

Parque Nacional do Jaú: O Parque Nacional do Jaú é uma Unidade de Conservação Federal de 2.272.000 hectares de área, localizada entre os municípios de Novo Airão e Barcelos, no baixo Rio Negro, Amazonas. Tem por finalidade a preservação dos ecossistemas naturais, destinando-se a fins científicos, culturais, educativos e recreativos.

Destaca-se por ser o único parque do Brasil que protege praticamente a totalidade da bacia hidrográfica de um rio de águas pretas, o rio Jaú. Os seus limites são demarcados pela bacia hidrográfica do rio Jaú e estendem-se até as águas do rio Carabinani, ao sul, e dos rios Unini e Paunini, ao norte. O rio Negro forma o limite leste do parque. O Parque Nacional do Jaú foi reconhecido como Sítio do Patrimônio Mundial Natural e Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e também faz parte do Corredor Ecológico da Amazônia Central (CCA).

Parque Nacional de Anavilhanas: O Parque Nacional de Anavilhanas, localizado entre os municípios de Manaus (30%) e Novo Airão (70%), no Estado do Amazonas, foi criado com o objetivo de preservar o arquipélago fluvial de Anavilhanas, um dos maiores do mundo, bem como suas diversas formações florestais, além de estimular a produção de conhecimento por meio da pesquisa científica e valorizar a conservação do bioma Amazônia com base em ações de educação ambiental e turismo sustentável.

A UC foi criada em 1981 por meio do Decreto nº86.061, de 02 de junho, como Estação Ecológica (ESEC), tendo sido recategorizada para Parque Nacional (PARNA) em 2008 (Lei nº11.799, de 29 de outubro).

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