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Aviação

CEO do Grupo Latam ataca governos da América Latina: “é preciso reduzir impostos”

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Enrique Cueto

As companhias aéreas comerciais baseadas na América Latina já podem começar a se preocupar com o futuro. O CEO do Grupo Latam Airlines, Enrique Cueto, afirmou que, caso os governos não diminuam os impostos cobrados tanto às companhias, quanto aos passageiros, o crescimento saudável da aviação comercial pode estar em xeque.

Cueto acredita que a região tem tido grandes avanços com relação a eficiência, segurança e a oferta de bilhetes com baixos preços, o que dobrou o número de viajantes em uma década (de 100 para 200 mi de passageiros). No entanto, a América Latina não consegue dar o próximo passo com direção ao crescimento saudável e constante enquanto uma mudança radical nas atitudes dos governos não acontecer.

De acordo com o CEO do maior grupo aéreo da região, os governos “pensam que os passageiros são ricos”, disse. “Mas agora os passageiros são leigos, ou seja, muitos estão viajando de avião pela primeira vez. Não queremos subsídios dos governos, mas precisamos tomar uma atitude, já que cerca de 50% dos preços dos bilhetes praticados no continente vem de impostos governamentais. Tem vezes que os impostos tem o mesmo preço da própria tarifa. Precisamos ser inteligentes, se quisermos chegar a algum lugar”, frisou Cueto.

Para o executivo, “se quisermos mais uma vez dobrar o tamanho da indústria, em termos de tráfego de pasageiros, precisamos pensar a aviação como um serviço público. Mas o governo pensa que somente algumas pessoas viajam de avião, só aquelas que têm dinheiro e podem pagar por impostos”, disse. Para ele, apesar dos imbróglios econômicos da América Latina, a região tem se tornado moderna, eficiente e oferecendo o mais alto nível de experiência aos passageiros. “Por três anos consecutivos temos um recorde de zero mortes e isso é histórico”.

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