Os 25% de participação do Governo Irlandês, principal impasse enfrentado pela International Airline Group (IAG) para a compra da Aer Lingus desde dezembro, enfim teve a venda aprovada pelo parlamento da Irlanda nesta semana. Com o maior obstáculo sendo ultrapassado, só resta a Ryanair, low-cost também irlandesa, ceder e decidir, mesmo contra sua vontade, vender seus 29,8% de share na Aer Lingus a IAG.
Caso tudo ocorra como o CEO Willie Walsh prevê, a entrada da Aer Lingus no grupo IAG, já composto por British Airways, Iberia e Vueling, pode agitar o mercado de rotas transatlânticas operadas por grandes empresas norte-americanas, europeias e asiáticas.
Embora a Aer Lingus não seja membro de nenhuma grande aliança global no mundo da aviação, como Skyteam, Oneworld e Star Alliance, a parceria atual estabelecida com a United faz com que membros da MileagePLus possa ganhar milhas por viajar em qualquer voo da empresa irlandesa. E não para por aí. A Aer Lingus também possui uma forte parceria com a JetBlue, que permite conexões via Nova York e Boston com o single-ticketing (bilhete único).
A aquisição da Aer Lingus pela IAG pode mudar ainda mais as coisas, já que uma possível entrada da aérea irlandesa na Oneworld alliance não está descartada. A aliança já tem parceiros como a British Airways, American, Iberia, entre outros. Em meio a uma cordilheira de vantagens a vista, a Aer Lingus ainda poderia aproveitar a inclusão na joint venture (associação de empresas) transatlântica entre American Airlines e British Airways.
Atualmente, a companhia tem voos para Nova York, Boston, Chicago, Orlando, San Francisco e Toronto, todos a partir da Irlanda. A imprensa irlandesa acredita que a aquisição provavelmente trará quatro novas rotas transatlânticas para o país, embora ainda não tenham sido identificados.