Demorou menos de 24h para o início de mais uma polêmica envolvendo a indústria norte-americana de aviação comercial. Um dia após o Departamento de Transporte dos EUA (DOT, em inglês) aprovar o início das operações da Norwegian Air International (NAI) em solo norte-americano, representantes das principais companhias aéreas nacionais reagiram de forma furiosa com relação a decisão. Tanto é que os executivos já indicaram que haverá uma pressão sob Donald Trump a fim de reverter esta decisão. O novo presidente assume no dia 20 de janeiro de 2017.
Quem está por trás desta pressão é Associação dos Pilotos (ALPA, em inglês), a maior união de pilotos dos EUA, que criticou de forma dura a decisão do DOT em aprovar a operação de mais uma low-cost internacional em solo norte-americano. “Estamos extremamente desapontados com a decisão do departamento de praticamente rasgar o acordo de Open Skies e permitir as operações da NAI para os Estados Unidos”, disse o presidente da ALPA, Tim Canoll. “A decisão demonstra um falta de apoio aos trabalhadores deste país. Esta decisão é uma afronta à competição considerada leal e resulta em uma perda de vagas de emprego no futuro”, completou.
Enquanto isso, a Norwegian Air já anuncia a abertura de duas bases adicionais nos Estados Unidos para 2017. As novas bases levarão o número total para três, com a primeira sendo estabelecida em Fort Lauderdale, enquanto as outras duas terão como base a cidade de NY/JFK. O DOT aprovou as operações da Norwegian após não encontrar qualquer razão legal para rejeitar o pedido formalizado pela companhia, considerada uma unidade irlandesa da Norwegian Air Shuttle, companhia baseada na Escandinávia e que opera para os EUA desde 2013.
É bom esclarecer que a Norwegian Air Internacional é uma unidade irlandesa pertencente à Norwergian Air Shuttle, que está baseada na Escandinávia e que já opera normalmente voos para os Estados Unidos a partir de grandes hubs na Europa. A Norwegian Air Shuttle é considerada a terceira maior low-cost da Europa e opera nos EUA desde 2013. Em abril, conseguiu aprovação para ampliar ainda mais suas operações em solo norte-americano.
