Nos oito primeiros meses de 2019, dez cidades se destacaram no setor da hotelaria, apresentando crescimentos significativos, por diversos motivos: reativação do destino, calendário de eventos e estabilidade entre a oferta e a demanda. Entre as cidades selecionadas, oito delas estão na Europa. Os dados foram divulgados pela STR, empresa de benchmarking, análise e insights de mercado para setores mundiais de hotelaria.
São Paulo não aparece na lista, mas apresentou aumento de 9,9% no RevPar, impulsionado por ganho de 0,4% em acomodações e de 9,4% no ADR. O melhor mês da capital paulista foi em julho, principalmente por conta da Copa América, quando apresentou um aumento nas ocupações de 2,6%, um crescimento de 10,8% nas taxas de ADR e o número do RevPar subiu em 13,6%
O primeiro caso de destaque do estudo, no entanto, foi Istambul, que apresentou um aumento de 32,8% no RevPar, o que também demonstra que o mercado local vem se recuperando. Apesar de a demanda não ter aumentado muito pela região, houve um crescimento da oferta, observado no aumento de 3,8% nas ocupações em Istambul.
Outra cidade asiática que subiu seus números no RevPar foi a capital de Israel, Jerusalém. Entre janeiro e agosto, Jerusalém obteve um crescimento de 16,4% no RevPar, impulsionado principalmente pelo aumento de 12,7% no ADR e de 3,3% na ocupação. Viena, a capital da Áustria, também subiu em 15,6% no RevPar, devido a um aumento de 11,7% do ADR e de 3,5% nas hospedagens. Em Madri, o aumento de 13,5% no RevPar se deu por conta do investimento em turismo corporativo e também o de lazer, sendo que as hospedagens aumentaram 2,5%, enquanto o ADR registrou 10,7% a mais do que o ano passado.
Já em Barcelona, que apresentou números negativos em relação às hospedagens por 14 meses consecutivos, de agosto até janeiro de 2019, apresentou um crescimento de 4,5% nas ocupações, o que resultou num aumento de 11,4% no RevPar. Outro fator que facilitou o crescimento de Barcelona foi a melhoria na dinâmica entre oferta e demanda. A última cidade do ranking foi Milão, que mesmo tendo apresentado queda na reta final desses oito meses, teve um aumento constante do seu RevPar ao longo do ano e, após o declínio nestes últimos meses, já prevê um aumento de 2,2% nas taxas até o final deste ano.