Começou nesta segunda-feira (9) o julgamento dos suspeitos de causar a explosão do voo MH17, da Malaysia Airlines, que vitimou 298 pessoas em 2014, na Ucrânia. O juiz Hendrik Steenhuis declarou aberta a audiência no tribunal de Schiphol, nos subúrbios de Amsterdã, perto do aeroporto de onde decolou o Boeing 777 da Malaysia Airlines, que tinha como destino Kuala Lumpur, na Malásia, antes de ser atingido por um míssil Buk.
Os suspeitos são três russos e um ucraniano, que não compareceram a esta primeira audiência no tribunal holandês. Cinco juízes – três que seguirão o caso e dois suplentes – entraram silenciosamente num tribunal lotado. Um pequeno número de familiares das vítimas esteve no tribunal e outros assistiram à audiência por meio de videoconferência. O juiz Hendrik Steenhuis disse que o arquivo criminal do caso contém 36 mil páginas e “uma enorme quantidade de arquivos multimídia”.
Depois de uma investigação minuciosa ao longo dos anos, uma equipe internacional de investigadores e procuradores indicou no ano passado quatro suspeitos: os russos Igor Girkin, Sergey Dubinskiy e Oleg Pulatov e o ucraniano Leonid Kharchenko. Mais suspeitos podem ser acusados à medida que as investigações progridam.
Histórico
O voo MH17 da Malaysia Airlines, partiu de Amsterdã em 17 de julho de 2014 com destino a Kuala Lampur. O avião explodiu depois de ser atingido por um míssil Buk no leste da Ucrânia, que enfrenta conflitos com os rebeldes pró-Rússia.
A Rússia negou consistentemente o envolvimento na queda do avião, mesmo depois dos procuradores alegarem que o sistema de mísseis Buk – que destruiu o avião de passageiros – foi transportado para a Ucrânia a partir da base da 53ª Brigada de Mísseis Antiaéreos da Rússia em Kursk, e posteriormente devolvido à Rússia.