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Alexandre de Juniac, CEO da Iata
A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) se manisfestou um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, banir voos provenientes da Europa por 30 dias. Em nota, a Iata afirma que continua dando total apoio aos governos a fim de conter a pandemia do coronavírus (Covid-19) e pede para que todos, neste momento de enorme pressão da indústria, preparem-se para as amplas consequências econômicas de ações como esta dos EUA.
“São tempos extraordinários e os governos estão tomando medidas sem precedentes. Segurança – incluindo saúde pública – é sempre uma prioridade. As companhias aéreas estão cumprindo esses requisitos. Os governos também devem reconhecer que as companhias aéreas – empregando cerca de 2,7 milhões de pessoas – estão sob extrema pressão financeira e operacional e precisam de apoio ”, disse Alexandre de Juniac, CEO da Iata.
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O impacto econômico entre Estados Unidos e Europa será enorme. Em 2019, por exemplo, foram mais de 200 mil voos realizados entre os destinos, uma média de 550 por dia, transportando 46 milhões por ano (125 mil passageiros por dia). Se multiplicarmo por 30 dias, tempo que Donald Trump suspendeu os voos, cerca de 3,75 milhões de passageiros deixarão de voar entre Estados Unidos e Europa até meados de abril.
“Os governos devem impor as medidas que considerarem necessárias para conter o vírus e estarem totalmente preparados para fornecer apoio para o impacto econômico que isso causará. Em tempos normais, o transporte aéreo é um catalisador do crescimento e desenvolvimento econômico. Suspender viagens em uma escala tão ampla criará consequências negativas em toda a economia. Os governos devem reconhecer isso”, disse de Juniac.
