Com a queda drástica da demanda global de passageiros e a incerteza de quando tudo de fato voltará ao normal, por conta da pandemia do Covid-19, as principais companhias aéreas brasileiras foram obrigadas a cortar voos e reduzir custos. E agora? Como ficará a situação de cada frota? Haverá cancelamento de encomendas? Haverá redução da frota no que diz respeito a não renovação de contratos de leasing? Certas aeronaves arrendadas já foram ou serão “devolvidas”?
Procuradas pela reportagem do MERCADO & EVENTOS, Azul, Gol e Latam Brasil divulgaram suas respectivas informações com relação ao futuro da frota. A começar pela Azul, a companhia confirmou a suspensão de todas as suas encomendas. “Também estamos negociando os contratos com todos os fornecedores, incluindo as empresas de leasing, mas sem que, neste momento, haja a necessidade de devolução”, disse.
Já a Gol, com seus 137 Boeing 737s, optou por não divulgar detalhes relacionados às negociações envolvendo aeronaves da frota. Na última Atualização ao Investidor, no entanto, a companhia informa um período de carência de seis meses e diferimento dos pagamentos de leasing igual período com arrendadores de aeronaves. Além disso, como divulgado pelo M&E, a empresa cancelou o pedido de 34 MAXs, fazendo com que a frota encomendada chegasse a 95 unidades.
O Grupo Latam Airlines, por sua vez, informa que está revisando todos os seus investimentos. De qualquer forma, a companhia reitera que os “seus compromissos de frota para 2020 são muito pontuais e todos previstos para o segundo semestre do ano”. A companhia também mantém sua frota de 158 aeronaves, porém algumas unidades estão fora de operação devido à queda da demanda causada exclusivamente pela de crise do coronavírus.