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Aviação / Destinos / Turismo em Dados

Coronavírus: aéreas do EUA devem demitir 100 mil e aposentar até mil aeronaves

Photo I took as my flight took off out of Atlanta International Airport.

Impacto do coronavírus deve resultar em cerca de 100 mil demissões e mil aeronaves aposentadas, aponta estudo.

Uma análise do banco de investimentos Cowen Research apontou os impactos da pandemia de coronavírus (Covid-19) nas nove principais companhias aéreas dos Estados Unidos. A estimativa é de que, somadas, as empresas demitam cerca de 100 mil funcionários este ano e reduzam sua frota em até mil aeronaves. O banco, no entanto descarta falências.

“Vemos um caminho de recuperação para as companhias aéreas dos EUA. O foco de curto prazo é a liquidez, no qual acreditamos que as companhias aéreas podem operar aproximadamente 12 meses em operações básicas com doações do governo”, diz a análise, preparada pelos analistas de Cowen, Helane Becker e Conor Cunningham.

Nessa terça-feira (14), os Estados Unidos aprovaram um pacote de ajuda de US$ 25 bilhões as companhias aéreas, por meio do programa de suporte à folha de pagamento (Payroll Support Program – PSP). A medida engloba os nove principais players do setor: Allegiant Air, American Airlines, Delta Air Lines, Frontier Airlines, Hawaiian Airlines, JetBlue Airways, United Airlines, SkyWest Airlines e Southwest Airlines.

Atualmente, a demanda por companhias aéreas dos EUA caiu aproximadamente 95% em relação ao mesmo período do ano passado. Os analistas da Cowen esperam que leve de dois a cinco anos para uma recuperação completa da demanda. Eles ainda apontam que a demanda por lazer se recuperará mais lentamente do que a demanda dos negócios devido à recessão.

Demissões e aeronaves

Atualmente, as companhias aéreas americanas estão com 2,3 mil aeronaves fora de operação, de acordo com a associação Airlines of America. O estudo da Cowen prevê que entre 800 e mil destes equipamentos não voltem a voar por estas companhias, incluindo principalmente aeronaves em operação por 20 anos ou mais.

Os analistas observaram que a American começou a aposentar Boeing 757s, 767s e 737s mais antigos, bem como Airbus A330s e Embraer E190s. American, United e Delta provavelmente aposentarão mais aviões, enquanto as operadoras de baixo custo mais focadas no crescimento procurarão manter o tamanho de sua frota.

Já as demissões devem girar em torno de 95 mil e 105 mil com os maiores cortes provenientes da United, American e Delta. As mudanças resultaram no “encolhimento” das companhias entre 20% e 30% este ano, na comparação com 2019. Como o programa de ajuda federal do governo não permite demissões até 30 de setembro, as dispensas devem acontecer no último trimestre, aponta o Cowen Research.

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