Áreas de interesse turístico e concessão de parques são prioridades do MTur para 2020

Daniel Nepomuceno, secretário-executivo do Ministério do Turismo

MADRI – Com o andamento de antigas pautas, como o aumento do orçamento e a transformação da Embratur em agência de promoção, o Ministério do Turismo pretende iniciar em 2020 a implantação de dois importantes projetos da atual gestão. O primeiro, e talvez o principal deles, é a criação de áreas especiais de interesse turístico.

O modelo consiste na criação de áreas específicas para a instalação de empreendimentos como hotéis, restaurantes e parques temáticos e atrair investimentos a partir de incentivos públicos. A ideia inclusive já começa a ser posta em prática por alguns destinos. A ideia do ministério é trabalhar inicialmente com 30 áreas, que correspondem às rotas englobadas pelo Investe Turismo.

“Vamos trabalhar em cima destas 30 rotas turísticas estabelecidas pelo Investe Turismo. Temos todo um estudo de viabilidade e estamos sendo muito técnicos em relação a isso. O Brasil é o segundo país do mundo em recursos naturais, então o que não faltam são áreas, mas é necessário analisar infraestrutura e vocação e isso é uma discussão um pouco mais ampla”, destaca Daniel Nepomuceno, secretário-executivo do Ministério do Turismo.

A criação destas rotas depende também da infraestrutura criada a partir do programa. Parceria entre MTur, Sebrae e Embratur, o Investe Turismo prevê um investimento inicial de R$ 200 milhões. As ações chegam primeiro a 158 municípios das cinco regiões do País.

PARQUES NACIONAIS

Se a criação das áreas especiais já avança, outra meta da pasta ainda depende de ações conjuntas com outros ministérios. O MTur pretende encaminhara concessão de 20 parque nacionais. A previsão era de que transferência de gestão destes equipamentos para iniciativa privada fosse realizada em pacotes.

O primeiro passo foi dado no último dia 16, com a apresentação da proposta de edital de concessão dos Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, ambos no Rio Grande do Sul. Depois do período de audiência, o projeto será analisado pelo Tribunal de Contas da União e a perspectiva é que a proposta de concessão seguirá para sessão pública de leilão em agosto de 2020. Na visão do governo, as concessões visam a proteção e a melhoria da infraestrutura dos parques, através do aumento da visitação e, consequentemente, o desenvolvimento socioeconômico das comunidades do entorno por meio do turismo.

“Vamos trabalhar com a Secretaria de Ecoturismo entorno dos parques nacionais. É a grande pérola brasileira que o mundo não conhece. Temos mais de 20 parques para oferecer que hoje tem números mínimos de visitas e de exploração comercial. Queremos fazer uma exploração inteligente deste potencial”, completa o secretário-executivo.

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