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Destinos

Bruxelas: “Seremos uma das principais opções do turista brasileiro”

Pieter Callebaut e Anousjka Schnidt, do Visit Brussels

Pieter Callebaut e Anousjka Schnidt, do Visit Brussels

SÃO PAULO – O mercado brasileiro vem ganhando cada vez mais espaço dentro da estratégia de promoção do turismo de Bruxelas, na Bélgica. Uma das provas disso é que o destino passou a contar este ano com uma representação própria no País, por meio da Aviareps, aposta decorrente do crescimento de 59% do número de pernoites de brasileiros, registrado em 2017.

Veja fotos do evento de Bruxelas em São Paulo

“É importante ter uma representação aqui, para mostrar o potencial que temos de ser um destino de destaque para os turistas do Brasil. Se estamos investindo aqui é porque acreditamos no interesse por Bruxelas e também porque estamos muito felizes e otimistas que seremos uma das primeiras opções dos brasileiros”, destaca Pieter Callebaut, desenvolvedor de negócios de Lazer, do Visit Brussels.

A estratégia neste primeiro momento é conhecer o mercado e entender o perfil de consumo do brasileiro para então desenvolver mais o destino. “Não sabemos o perfil exato dos brasileiros, mas temos muitos turistas interessados no mercado de luxo e também nos nichos. Entendemos que ter uma representação é importante para entender o mercado e saber do que eles gostam quando viajam. As pessoas gostam de provar e experimentar nossa gastronomia e nossos atrativos e para isso temos uma oferta grande, com cidades multiculturais”, destaca Pieter.

O Brasil é considerado um dos três mercados mais importantes overseas, ao lado de Estados Unidos e China. “Estamos felizes em estar presente aqui. É algo recente, pois foi no início deste ano que começamos a ter essa representação no Brasil com a Aviareps, que nos representa também na Rússia e na China. Neste primeiro ano nosso foco é mostrar nossa presença no Brasil e manter o mercado”, ressalta Anousijka Schmidt, gerente de mercados estrangeiros do Visit Brussels.

A executiva afirma que mesmo com a desvalorização do real, o fluxo de turistas brasileiros não foi afetado. Ela, porém, demonstra preocupação com a instabilidade provocada pelo cenário eleitoral e os impactos que as eleições possam causar em um dos mercados que mais apresenta crescimento para o destino.

“Neste momento não estamos sentindo muita diferença, mas sabemos que as eleições aqui podem afetar o momento econômico. Sabemos que quando a economia não vai bem a primeira coisa que as pessoas cortam são as viagens. Ninguém pode prever o que vai acontecer, mas estamos cruzando os dedos para que o mercado brasileiro se mantenha estável”, analisa.

Charles Delogne, cônsul da Bégica e Anousjka Schmidt e Pieter Callebaut, do Visit Brussels, com Lizandra Pajak, Rafaela Gross Brown, Ana Lúcia Severo e Helen Demuro, da Aviareps

Charles Delogne, cônsul da Bélgica, e Anousjka Schmidt e Pieter Callebaut, do Visit Brussels, com Lizandra Pajak, Rafaela Gross Brown, Ana Lúcia Severo e Helen Demuro, da Aviareps

10 milhões

O destino, que ultrapassou ano passado a marca de 6 milhões de pernoites estrangeiros em 2017, trabalha com uma meta ousada para os próximos anos. “Nós queremos atingir até 2020 a marca de 10 milhões de pernoites. Esta é nossa grande meta estamos trabalhando duro para atingí-la”, afirma Anousijka.

A executiva destaca que os resultados recentes indicam que o destino vem recuperando o fluxo de turistas, impactado pelos ataques terroristas que atingiram a cidade em 2016.  “Estamos nos recuperando do que aconteceu e os turistas estão retornando a nossa região. Os efeitos do ataque foram muito grandes, pois tivemos reflexos nos restaurantes e nos hotéis, também tivemos muitos congressos e convenções cancelados em virtude disso. Isso tudo teve um impacto muito grande para nós como destino”, explica.

E a recuperação pode ser ilustrada pelos dados do barômetro da cidade. Das 40 semanas do ano até aqui, somente quatro registram queda na taxa de ocupação na comparação com 2017. Os números são impulsionados não só pelo Mice, segmento com grande força no turismo local, mas também pelo crescimento do lazer.

“A boa notícia é que estamos conseguindo manter os números no mesmo nível e após o ocorrido voltamos a crescer em todos os nossos mercados.O Mice costuma ser o nosso mercado principal, pois sempre tivemos grande congressos. Mas agora os números estão quase iguais aos de turismo de lazer, algo como 52% contra 48%.”, explica a gerente de mercados estrangeiros.

Voo direto para o Brasil

Com a grande aposta no mercado brasileiro, o grande objetivo agora passa a ser um voo direto, passo que além de ser vital para facilitar a chegada de turistas ajudaria na permanência no destino. “Se não criamos uma conexão os turistas não permanecem. Queremos que eles vejam Bruxelas não só como uma cidade de passagem”, afirma Pieter Callebaut.

“Nossos aeroportos estão negociando há alguns anos uma conexão direta com o Brasil. Eu espero que em breve isto avance. Isso resolveria um outro problema, pois os turistas têm que sair da Bélgica para retornar e isso acaba fazendo de Bruxelas uma cidade de passagem. Quando nós voamos para o Brasil não vamos só a São Paulo, mas no mínimo a São Paulo e Rio de Janeiro. Queremos fazer com que o turista tenha Bruxelas como base para conhecer outras regiões da Bélgica”, salienta Anousijka Schmidt.

 

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