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Feiras e Eventos

Inteligência artificial nos eventos: ‘A questão não é se vai transformar tudo, mas se estamos prontos’, diz diretor da RX

Esfe

Cláudio Della Nina, diretor-geral da RX para a América Latina (Ana Azevedo/M&E)

SÃO PAULO – A inteligência artificial e a tecnologia de dados estão revolucionando o setor de eventos, trazendo novas formas de interação e otimização para expositores e visitantes. A análise veio de Cláudio Della Nina, diretor-geral da RX para a América Latina, durante a 20ª edição do Esfe (Encontro do Setor de Feiras e Eventos), que teve início nesta terça-feira (17) em São Paulo.

Della Nina destacou que a RX Brasil gerou, em 2024, cerca de 2 milhões de leads em seus eventos, dados capturados diretamente pelos expositores por meio de um aplicativo que escaneia crachás e permite adicionar notas sobre interações com visitantes. A análise dessas informações revelou padrões importantes.

“Descobrimos que estandes maiores geram muito mais leads, como já imaginávamos. Mas a maior surpresa foi perceber que a melhor forma de prever quais estandes um visitante visitará no futuro é observar onde ele esteve na última edição”, explicou.

A palestra também abordou o impacto da inteligência artificial no setor. Della Nina relembrou que os primeiros modelos de IA generativa surgiram a partir de pesquisas publicadas em 2017 e que, desde então, a tecnologia tem evoluído rapidamente. “O que está bombando agora é a IA generativa, que permite criar praticamente qualquer coisa, desde que haja treinamento adequado. E acredito que veremos modelos cada vez mais especializados, inclusive para a indústria de eventos”, afirmou.

Entre as transformações esperadas, ele mencionou a crescente importância da linguagem natural como interface de comunicação. “Hoje, precisamos acessar informações por telas de computador ou celular. Mas, em breve, poderemos simplesmente perguntar para um sistema, e ele nos dará as respostas. Isso vai mudar a interação entre visitantes e expositores”, apontou.

Outra tendência citada foi a automação de processos como credenciamento e personalização da experiência do visitante. “Em vez de preencher formulários, um assistente de inteligência artificial poderá fazer isso automaticamente, conhecendo o perfil do visitante. A questão não é se a IA vai transformar tudo, mas se estamos prontos para nos adaptar a essas mudanças”, alertou.

Della Nina encerrou sua participação reforçando a necessidade de o setor acompanhar essas transformações. “Os sites sobre eventos provavelmente já não estão mais adequados. Cada vez mais, a inteligência artificial vai interagir com essas plataformas, talvez até mais do que os próprios humanos. É fundamental que os profissionais fiquem atentos a essa revolução e busquem entender como essas ferramentas podem ser aplicadas ao nosso mercado”, concluiu.

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