JALAPÃO – Indescritível? Não. Mas, tem que viver esse destino deslumbrante. Simples assim. Mais que uma experiência singular, sem filtro, o Jalapão vai além do ecoturismo e aventura. Essa região icônica no extremo leste do Tocantins, no norte do Brasil, encanta pelo prazer de conhecer a pegada mais autêntica deste pedaço de paraíso natural, onde quem marca o ritmo do vai e vem por estradas e trilhas de chão é a natureza. E, claro, surpreendentes paisagens a cada curva da expedição, vistas cinematográficas, chapadões imponentes e incríveis formações rochosas, dunas, cachoeiras e, o ápice do destino, os fervedouros, verdadeiras piscinas verde-esmeralda, a principal atração desta obra de arte a céu aberto.
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A convite do receptivo Jalapão 100 Limites, o Mercado e Eventos trilhou a região, partindo de Palmas, a capital do Tocantins, e entrando na região do Jalapão pelo portal de Santa Teresa. A expedição feita em veículos 4X4 seguiu, durante quatro dias, pelas principais cidades turísticas e pontos de apoio – Ponte Alta e São Félix do Tocantins e Mateiros, esta considerada a capital da região e onde se concentram os mais procurados atrativos do Jalapão.
“Bela, rude e grandiosa”, nas palavras de Guimarães Rosa quando definiu o Jalapão
A expedição reuniu nesta jornada um comboio de três veículos com guias-condutores credenciados e 15 turistas vindos de Altamira/PA, Belo Horizonte/MG, Cascavel/PR, Dourados/MS, São Paulo Capital, Sorocaba/SP, Recife/PE e Rio de Janeiro. Genericamente, entre outros atrativos, destaque para as belezas naturais das Dunas douradas, o Cânion Sussuapara, a Prainha do Rio Novo e a Cachoeira da Formiga, além dos mais bonitos e visitados fervedouros do Jalapão, como o do Ceiça, o primeiro a ser catalogado como atrativo de interesse turístico do Jalapão no início dos anos 2000.
A expedição Jalapão é uma aventura memorável para quem ama a natureza e descobrir atrações incríveis, todas acessadas de carro com muita adrenalina. A impressão é como estar desbravando a região em um rally off-road por estradas de chão sem fim e, ao mesmo tempo, praticando turismo contemplativo com muita emoção e segurança. Isto é o Jalapão, região também de experiências culturais e curiosidades que só o destino oferece dentro de seus 34 mil km² de área, onde está inserido o Parque Estadual do Jalapão de preservação ambiental.
A região “bela, rude e grandiosa”, como Guimarães Rosa se referia ao Jalapão, é mais conhecida atualmente por suas belezas naturais e selvagens, mas também pelo típico artesanato feito com capim dourado, esta sim, a marca registrada do Jalapão. A produção começou há mais de 100 anos pelas mãos de Dona Miúda, do Quilombo da Mumbuca, que deixou esse legado para as outras comunidades quilombolas do Jalapão – Carrapato, Prata e Rio Novo.
O turista também pode dar uma esticada em seu rolê pelo Jalapão até a Cachoeira da Velha. Por lá, os mais curiosos terão a oportunidade de avistar, de longe, o casarão onde, supostamente, o narcotraficante colombiano Pablo Escobar mantinha seu esconderijo no Jalapão. O local é ponto turístico e, dizem que, caso fosse descoberto, a rota de fuga do narco se daria pelo Rio Sono. Na região ninguém jamais viu ou soube de sua presença.
A flor Jalapa-do-Brasil deu nome à região tamanha a sua presença e beleza que suas pétalas brancas esbanjam em meio ao Cerrado
Não à toa, no Jalapão costuma-se dizer que o “coração não bate, trepida! Por isso, vale vivenciar cada experiência de turismo-raiz que o Jalapão oferece, de contemplação e ao mesmo tempo interatividade e imersão no cerrado verde-dourado da região conhecida como “deserto das águas”, de vegetação retorcida e salpicado de cachoeiras e fervedouros de águas cristalinas e temperatura agradável.
A ideia aqui é desconectar-se da vida cotidiana, limpar a mente e se reenergizar em meio à natureza, como as amigas paulistas Renata Senne, que se desconectou da tecnologia do dia a dia da capital, Bruna Granato e Isabella Pontes. Juntas descobriram, por que não, o paraíso antes somente acessado por fotografias. “Definitivamente, nos encontramos aqui e, claro, superou todas as expectativas”, disse Granato, de Sorocaba. O comentário foi corroborado por Pontes, de Mococa: “Que sorte tivemos da Rê sugerir o Jalapão e mais nas férias das três para juntas viver este sonho”.
“De todos os destinos que já pude experienciar, e não foram poucos, posso afirmar que o Jalapão é o melhor do Brasil, incluindo aqui o melhor custo-benefício em roteiros nacionais e surpresas a cada atrativo visitado”, comentou a economista Mariana Melo, de Recife, enquanto o palmense André Mota só agora, de fato, conheceu o Jalapão. “Tive que mudar para Altamira para só agora retornar e conhecer os encantos de minha terra”.
Passeios imperdíveis no Jalapão
Cachoeira do Formiga – Uma das quedas d’água mais famosas da região, reconhecida pela coloração verde-esmeralda, a Cachoeira do Formiga, no rio Formiga, é um dos atrativos mais visitados do Jalapão. Ela é perfeita para famílias aproveitarem o complexo de relaxamento e diversão em sua piscina natural.
Dunas do Jalapão – Conhecidas como as douradas, as dunas são um espetáculo à parte, não só pela coloração diferente daquelas mais conhecidas do litoral nordestino, em geral branca, mas pelo lindo acesso para subir ao topo, que transpõe um córrego cristalino cercado de buritis e vegetação de cerrado. As dunas do Jalapão são formadas pela erosão das rochas de arenito da Serra do Espírito, que lhe conferem uma palheta de cores homogênea, única e cintilante.
Fervedouros – Os fervedouros são nascentes d’água a partir de falhas geológicas no lençol freático ou aquífero Urucuia. Eles formam piscinas naturais de águas extremamente cristalinas e temperatura agradável. Os fervedouros do Jalapão são únicos no mundo quando se fala em sensação de prazer eloquente e materialidade que provocam: a água que brota do fundo com forte pressão impede a pessoa afundar. Equilíbrio é a palavra-chave para encarar os fervedouros. São mais de 100, mas apenas 20 estão abertos a visitação, com destaque para Rio Sono, Alecrim, Buritis e, claro, o pioneiro, do Ceiça.
Pedra Furada – Distante 35 km de Ponte Alta do Tocantins, Pedra Furada é um monumento natural. Para alcançar o buraco maior basta passar por uma pequena trilha de areia, bem próxima à entrada. O roteiro entorno da Pedra é cronometrado em razão do grande fluxo de turistas. Em geral, não passa de 15 minutos. O local é dos mais ‘instagramáveis’, perfeito para fotos e lives registrando, por exemplo, os raios de sol passando pela entrada formada pela ação dos ventos.
Prainha do Rio Novo – Das mais famosas, a prainha do Rio Novo ou Coração do Jalapão, próxima à Cachoeira da Velha, é um dos melhores pontos da região para nadar ou um simples mergulho. Com boa infraestrutura de suporte ao visitante, o complexo oferece vestiários, espaço de convivência e redário. O Rio Novo é um dos maiores de água potável do mundo e ao longo de suas margens forma diversas praias.
Serra do Espírito Santo – Formação rochosa de arenito avistada desde quase todo o Jalapão é responsável pela formação das Dunas douradas. Muitos grupos fazem a trilha de pouco mais de um quilômetro para chegar ao platô no alto da Serra do Espírito Santo. Depois de assistir ao nascer do sol, a vista que se abre de uma das mais espetaculares paisagens do cerrado recompensa o esforço.
O Jalapão pode ser visitado durante todo o ano. A temperatura média na região fica por volta dos 30°C. O que deve ser observado, contudo, são os períodos de seca e de chuva. A temporada seca vai de maio a setembro, sendo que os meses de maio a julho são os melhores para viajar, pois a região ainda está verde e o clima bem agradável. As chuvas no Jalapão vão de outubro a abril, sendo o mês de janeiro o período de maior incidência.
As agências e operadoras que trabalham com o destino em geral oferecem pacotes de 2 a 7 dias, em média, mas o de 5 dias completos é o mais recomendável para conhecer os principais destinos sem correria.
Distâncias |
Palmas a Santa Teresa do Tocantins – 82 km |
Santa Teresa do Tocantins a Ponte Alta – 73 km |
Ponte Alta do Tocantins a Mateiros – 161 km |
Mateiros a São Félix do Tocantins – 80 km |
São Félix do Tocantins a Ponte Alta – 249 km |
Receptivo Jalapão 100 Limites
A operadora de receptivo Jalapão 100 Limites, com base em Palmas, capital do Tocantins, opera com saídas (expedições) diárias de segunda a sexta-feira. Excepcionalmente, aos sábados e domingos somente passeios adicionais pela capital, como visita ao distrito de Taquaruçu, city tours e days use, por exemplo.
Jalapão 100 Limites é um receptivo completo, com operação própria – desde transfer de chegada à saída de Palmas, roteiros incluídos e venda direta de pacotes – e parceria com mais de 30 operadoras. A operação conta com frota própria de 22 carros, mais 15 veículos de colaboradores, em rotatividade para atender quase 1 mil passageiros/mês.
“A demanda pelo Jalapão está em pleno crescimento e mais no pós-pandemia, que certamente modificou os hábitos e perfil do viajante. Hoje ele busca destinos abertos, de natureza. E nisso, o Jalapão é o destino perfeito”, destaca Cleib Filho, CEO da Jalapão 100 Limites.
Melhor exemplo dessa tendência que está colocando o Jalapão nas prateleiras de operadores nacionais e estrangeiros foi a Convenção de Vendas da Schultz realizada em março, em Natal/RN, quando foram negociados 300 pacotes de viagem ao Jalapão, e a BTL Lisboa, onde operadores portugueses definem data para visitar o Jalapão ainda neste primeiro semestre do ano.
Informações @jalapao100limites ou www.jalapao100limites.com.br.
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