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Destinos / Política

Orçamento do MTur deve ficar aquém do necessário em 2022, diz ministro

Gilson Machado, ministro do turismo, participa do programa Brasil em Pauta  na TV Brasil

Gilson Machado, ministro do Turismo (Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, fez um balanço do ano e debateu perspectivas para o próximo ano em evento realizado na sede do órgão, em Brasília. De acordo com Gilson, o orçamento para o Turismo no Brasil em 2022 deverá ficar aquém do necessário para apoiar políticas públicas de retomada do setor diante dos impactos causados pela pandemia.

“Estamos em uma pandemia. Sempre fica abaixo do que a gente precisa. Espero que [o orçamento] venha sem cortes”, declarou Machado. De acordo com Gilson Machado, são necessários mais recursos – sobretudo para a ampliar a infraestrutura de turismo no país. “A maior demanda é infraestrutura, como orlas e rampas de acesso ao turismo náutico”, exemplificou.

“Estamos em uma pandemia. Sempre fica abaixo do que a gente precisa. Espero que [o orçamento] venha sem cortes”, declarou Machado

O Congresso Nacional ainda não aprovou o orçamento de 2022. O projeto de lei orçamentária (PLO) foi votado na Comissão Especial do Parlamento e deverá e em seguida o caminho será a apreciação no Plenário.

No relatório final do projeto de lei orçamentária, relatado pelo deputado Hugo Leal (PSD/RJ), estão previstos R$ 674,6 milhões para a sub-função Turismo. No total, foram reservados R$ 2,59 bilhões para o Ministério do Turismo, sendo R$ 699,3 milhões para pagamento de pessoal, R$ 606 milhões para outras despesas correntes, R$ 240 milhões para investimentos, R$ 300 milhões para inversões financeiras e R$ 751 milhões para reserva de contingência.

Recuperação

Para Gilson, o turismo brasileiro está “se recuperando como nenhum [outro] local da América Latina”. “Você não consegue mais vaga em hotel nenhum. No Rio de Janeiro, hotéis estão todos ocupados. A gente vê o setor de cruzeiros voltando. Companhias aéreas voltando com grande força. [O] setor de eventos é quem ainda está sofrendo com a pandemia”, analisou.

Diante de fatores que dificultam as viagens internacionais, como restrições da pandemia e a cotação de moedas estrangeiras, o intuito do ministério é estimular o turismo interno. “O turista brasileiro está viajando no Brasil e está redescobrindo o país das pousadas do Nordeste, do vinho da Serra Gaúcha, dos barcos hotéis da Amazônia e do Pantanal, dos resorts de grande qualidade”, disse Machado.

Obstáculos

Um obstáculo para o crescimento do turismo interno, ponderou o ministro, ainda são os altos preços das passagens de avião. “É caro viajar no Brasil. O preço da passagem no Brasil é das mais caras do mundo. Temos que lutar para que tenha mais concorrência no setor de companhias aéreas. É preciso fazer apelo para que governadores reduzam o ICMS”, defendeu.

“É caro viajar no Brasil. O preço da passagem no Brasil é das mais caras do mundo. Temos que lutar para que tenha mais concorrência no setor de companhias aéreas

O ministro citou gargalos que contribuem para os preços altos, especialmente o valor dos combustíveis. Enquanto em outros países o peso dessa despesa varia entre 12% e 14% no custo das viagens, no Brasil é de cerca de 30%. Machado citou como ação do governo a mudança das exigências do combustível utilizado, o que barateou o insumo.

Machado afirmou, ao final do discurso, que fatores como o preço dos combustíveis fazem com que o país não tenha um ambiente propício de negócios para as companhias aéreas. Ele citou como exemplo a suspensão dos voos da Ita e lembrou que outras linhas aéreas já encerraram atividades, como Varig e Vasp. Machado pontuou que a Itapemirim já atuava no setor de transporte e a expectativa era que ela possuía “solidez”.

Fonte: Agência Brasil

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