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Entrevistas / Feiras e Eventos

Para Simon Mayle, os eventos híbridos vieram para ficar

Simon Mayle, diretor da WTM-LA

Simon Mayle, diretor da WTM-LA

O trade está ansioso para se reencontrar. E uma das oportunidades será durante a WTM-LA, que acontece entre os dias 3 e 5 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo. Mas, quem ainda não estiver confortável para um evento presencial, poderá acompanhar a versão virtual, que já aconteceu junto com a WTM Londres em 2020 e, na opinião de Simon Mayle, diretor do evento, veio para ficar. Ele assumiu o cargo em janeiro, após a saída de Luciane Leite e traz a experiência de comandar a ILTM – feira focada no mercado de Turismo de Luxo. Em entrevista exclusiva ao M&E, ele fala sobre as inovações da feira para este ano e se mostra otimista quanto ao futuro do setor. Para ele, a feira será um momento de celebração do mercado após todo este período de confinamento por conta da pandemia da Covid-19.

MERCADO & EVENTOS – Como os expositores receberam a notícia da mudança de datas?
Simon Mayle –
Estávamos esperando começar o ano com um pouco mais de certezas. Graças a programação de vacinas, que está indo muito bem no mundo e vai acelerar daqui para frente, vemos mais perspectivas. Queremos criar oportunidades para o maior número de pessoas para participar do evento e a Reed nunca foi só evento, fazemos a conexão entre as pessoas. No caso do Turismo, o relacionamento entre o trade e os fornecedores. Não importa muito qual é a plataforma, pode ser presencial ou virtual. Os dois lados têm benefícios grandes e, quando se fala do evento físico, está faltando para todos nós esta conexão e olhar nos olhos das pessoas. E Turismo é sobre pessoas, por isso a parte presencial é muito importante. Então, estamos trazendo a parte virtual, que traz mais valor à feira porque dá a oportunidade de falar com mais pessoas. Com o virtual serão cinco dias e oportunidades. Com base nisso, os expositores responderam super bem, porque todo mundo está com a impressão de que o segundo semestre terá muito mais certezas. Muitos países, ainda mesmo sem saber se até lá terão suas fronteiras abertas para o Brasil e América do Sul, já confirmaram que vão participar.

M&E – Após todo este período em quarentena, conseguir convencer as pessoas a estarem novamente em uma feira também é um desafio? Quais são as estratégias para atrair o público?
Simon Mayle –
Acredito que toda pessoa tem nível de conforto diferente. Não é nosso propósito convencer alguém a ir em um evento. Nosso papel é fazer o evento mais seguro e saudável possível. Somos um dos maiores organizadores de eventos do mundo e acreditamos, com muita razão, que será seguro estar em um ambiente controlado porque o evento é super planejado por profissionais que já estão especialistas. Teremos os protocolos que estão sendo desenvolvidos. Já temos nosso plano feito pela diretoria da Reed com todos os times dos eventos. E já tivemos eventos no Japão, organizado e com todos os protocolos. Teremos uma WTM-LA não com a quantidade como estamos acostumados, mas teremos protocolos e vamos focar muito em qualidade. Estamos 100% focados nisso. Temos o programa Agente na Estrada para trazer agências do Brasil inteiro.

M&E – O que a experiência da ILTM com reuniões agendadas e publico selecionado pode agregar a WTM-LA?
Simon Mayle –
Desde o começo o evento sempre foi 100% pré-agendado, são 50 mil reuniões por eventos da ILTM. Aprendemos bastante depois WTM Virtual e em seguida ILTM Virtual. Já fizemos mais de 100 mil reuniões neste modelo e estamos aprendendo cada vez mais nestes quatro meses. Há o interesse das agências, junto com os expositores, e fazer reuniões certas. Deixar o negócio mais fácil para os clientes e este é o nosso objetivo número um. E sempre nos perguntamos como podemos fazer isso. Estamos trazendo muito disso e também aprendendo com WTM-LA. Uma plataforma virtual deve ser fácil e intuitiva e estamos trabalhando neste sentido.

Em 2020 houve uma experiência de evento virtual, no caso da WTM Londres, e a criação de um hub de conteúdo. Como isso pode agregar a WTM-LA 2021?
Simon Mayle –
O evento híbrido será a grande mudança para este ano. Consideramos que isso ficará conosco para sempre de alguma forma. Acreditamos que podemos dar mais ferramentas aos nossos clientes. No caso do expositor, ele compra o físico e ganha o virtual de graça. Com isso, há a oportunidade de encontrar com mais pessoas. Teremos três focos principais. Sustentabilidade, pois estamos vendo a importância cada vez maior deste tema e o mundo está muito mais consciente. Vamos focar também na diversidade, celebrando especialmente as mulheres. Queremos promover e levantar esta bandeira. E, por fim, a tecnologia e transformação digital.

M&E – Num momento em que as empresas estão com orçamentos restritos, medir o retorno do investimento em um evento é essencial. Como a WTM-LA irá dimensionar esta entrega aos expositores?
Simon Mayle –
As bases estão montadas. Tenho a sorte de ter trabalhado com a Luciane Leite e antes com o Lawrance Reinish. Quando olhei para a WTM-LA perguntei quais são os seus valores e um deles é que é realmente uma feira internacional, temos expositores da América Latina, mas também da Tailândia, por exemplo. O segundo é a qualidade e organização profissional. O terceiro é o Retorno do Investimento, o ROI. Focamos muito na qualidade. Temos o Agente na Estrada, hosted buyers e o buyers club. Isso junto com a ferramenta de marketing making, que é a mesma que usamos no virtual. Outra coisa importante é que as empresas e destinos vão selecionar um número menor de feiras para participar neste ano e a WTM é uma marca muito forte. Este é um momento em que precisamos mais do que nunca ter o ROI, com qualidade e relevância para promover um momento inspirador com ideias novas esperançosas e otimista com o futuro.

M&E – O Turismo e o mundo como um todo está passando por um momento de transformação. Quais são os desafios de organizar uma feira neste contexto?
Simon Mayle –
Estamos passando pela maior mudança do setor de eventos, pela maior do do Turismo e também pela maior mudança da Reed. Então, estou com um time que está abraçando muitas mudanças e reagindo com muita flexibilidade. Estamos conscientes e com muita empatia do momento que os clientes estão passando. O momento não é tão positivo quanto estávamos esperando para o início deste ano, porque a vacina ainda não chegou na ponta, mas temos que ter um pouco mais de paciência, sermos resilientes e corajoso, porque vamos chegar lá. Passo o dia todo falando com clientes e agências de todos os países e todo mundo está passando por momentos difíceis. Em agosto, a WTM-LA será uma celebração do nosso mercado. Estou muito otimista.

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