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Destinos

Retomada das atividades turísticas em Porto de Galinhas está em alta

 

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Carol Vasconcelos, secretária de Turismo de Ipojuca

IPOJUCA (PE) – A pandemia da Covid-19 pegou o mundo de surpresa, em especial os segmentos da relacionados ao Turismo. Em março quase a totalidade das atividades foi interrompida, com destaque para o setor de hotelaria, responsável pela geração de milhares de empregos diretos e indiretos.

Porto de Galinhas, em Pernambuco, um dos destinos mais procurados do dia para a noite parou 17 grandes hotéis e resorts, 230 pousadas, 150 restaurantes, 405 bugueiros, 86 jangadeiros, 125 barraqueiros e 375 ambulantes fecharam as portas ou ficaram em casa confinados pelo menos cinco meses. Boa parte gradualmente retomou as atividades no final de julho ainda com restrições e rigorosos protocolos de higiene e saúde.

Tanto o setor público como a iniciativa privada de Porto de Galinhas arregaçou as mangas para, senão superar as consequências provocadas pelo bloqueio das atividades, mitigar ao máximo os prejuízos desastrosos. Porto de Galinhas foi o primeiro balneário a fechar as praias e, também o primeiro a abrir no estado de Pernambuco, lembra a secretária de Turismo de Ipojuca, Carol Vasconcelos. “Começamos a flexibilizar a frequência nos 35km de praias do município bem gradativamente e com a fiscalização atenta aos exageros de aglomeração e cumprimento dos protocolos de segurança”, explicou, acrescentando que hotéis, restaurantes e lojas também retomaram as atividades, ainda que de maneira restrita.

A campanha “Eu respeito, use máscara”, da Secretaria de Turismo calou fundo na população, que aderiu massivamente. A pandemia segundo Carol Vasconcelos, também serviu para reinventar novos nichos de exploração turística, além do tradicional Turismo Sol e Mar de Porto de Galinhas. “Sempre é interessante acrescentar novas opções de turismo e agora trabalhamos para resgatar outros roteiros em Ipojuca, como turismo rural, trilhas, lagoas e cachoeiras”, disse Carol.

Durante a pandemia a secretaria aproveitou para oferecer cursos de capacitação para bugueiros e jangadeiros a fim de qualificar a mão de obra quando a reabertura total das atividades se dê por completo.

Quanto ao verão, a temporada alta do Turismo em Porto de Galinhas, as expectativas são as “melhores do mundo”, para Carol Vasconcelos. “Estamos no caminho certo. Aos poucos estamos retomando a economia e acredito que será, senão próximo ao de anos anteriores, o melhor possível nas ‘novas condições’ que o mundo vive e suficiente para levantar o astral de todos”, finalizou.

Reabertura gradual

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Otaviano Maroja, vice-presidente do CVB de Porto de Galinhas

Otaviano Maroja, vice-presidente da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas e vice do CVB de Porto de Galinhas, explicou que 30 mil trabalhadores vivem do Turismo e mais da metade ficou sem trabalho a partir de 11 de março, quando foi reconhecida a pandemia. Gerente Comercial do Vivá e Solar Porto de Galinhas, Otaviano, movido pela pressão da grande demanda contida, pois “as pessoas não aguentavam ficar mais tempo reclusas em casa”, e o prejuízo causado pelo fechamento dos hotéis por mais tempo, foi o primeiro a reabrir as portas em julho.

A abertura foi gradual e com limitações de uso de equipamentos comuns, por exemplo, distanciamento inclusive no interior dos estabelecimentos e limitação de oferta de quartos. “Empregamos cerca de 600 pessoas em ambas unidades. Não tínhamos como manter o quadro e continuar com a folha. Suspendemos o contrato de trabalho de 200 aproximadamente 200 e preservamos o restante beneficiada com a lei federal que nos permitiu entrar no programa federal de pagamento pelo governo de percentuais variados dos salário, de acordo com a faixa salarial”, explicou.

Isso, segundo Otaviano, será prorrogado até dezembro e, como lembrou, “nos deu fôlego para tocar o negócio”. Os benefícios oferecidos pelo Governo Federal incluem, ainda, a prorrogação até dezembro do pagamento de impostos federais do setor.

Otaviano Maroja apesar de tudo está otimista, principalmente com a retomada, ainda que tímida mas crescente a cada mês dos voos para Recife. Até março de 2019 o aeroporto recebia 100 voos por dia. Com a pandemia o número despencou ao ponto de no mês de abril registrar apenas 5 chegadas, 10 em maio, 20 em junho, 30 em julho, 30 em agosto e 40 em setembro. Até o fechamento de outubro devem ser 50. “Não é o ideal, mas a tendência é seguir crescendo. Como o Aeroporto de Recife é um hub, o retorno de voos é mais rápido que em outras capitais”, finalizou.

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