
Sergio Moro renunciou ao cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública. A saída aconteceu após a exoneração de seu braço direito, Maurício Valeixo, do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. O anuncio aconteceu em coletiva de imprensa realizada na sede do Ministério, na manhã desta sexta-feira (24).
Moro iniciou o pronunciamento com uma retrospectiva do seu período à frente da pasta e enumerou ações realizadas, principalmente em 2019, como a queda de 19% no número de assassinatos. Na sequência, citou os eventos que levaram a sua decisão de renunciar ao cargo, com a interferência na Polícia Federal.
“O grande problema é que foi feita uma violação do que me foi prometido, de que eu teria carta branca. A segunda coisa é que não haveria uma causa. E a terceira é que haveria uma indicação política, o que afetaria a credibilidade”, explicou Moro. O ex-juiz também salientou o pedido do presidente para trocas em outras superintendências. “Ontem conversei com o presidente e houve esta insistência, falei que seria uma interferência política e ele disse que seria mesmo”, completou.
“Busquei uma solução alternativa para evitar uma crise durante uma pandemia”, continuou Moro. “Mas fiquei sabendo da exoneração pelo Diário Oficial. A exoneração foi feita na madrugada, eu não assinei o decreto. Não houve um pedido de maneira formal. Isso foi uma sinalização de que o presidente me quer fora do cargo”, completou.