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Hotelaria e Alimentação

Por uma gastronomia mais competitiva

Começamos o ano de 2013 com um Reveillon bem sucedido nas principais capitais turísticas brasileiras e principalmente no Rio, ratificando a cidade como uma metrópole mundial, que sabe receber seus visitantes. O Ministério do Turismo anunciou números importantes da evolução das viagens internas e crescimento dos gastos per capita de nossos turistas internacionais. Neste esforço de ganharmos competitividade em nosso  receptivo, uma área merece especial atenção no ano que se inicia: a alimentação fora do lar, ou gastronomia. Segmento fundamental em uma economia que se desenvolve com velocidade, pois a refeição comercial e o consumo alimentar de lazer são características de prestação de serviços em países avançados,  o food service alcança números robustos no Brasil, com mais de 800 mil restaurantes distribuídos por todo o território, 65 mil pontos de consumo de fast food, cerca de 250 mil bares e lanchonetes e 15 mil estabelecimentos de preparos de alimentos diversificados.

Servimos aproximadamente 18,1 milhões de pratos por dia e movimentamos, em 2011, uma cifra de R$ 13 bilhões em refeições coletivas e R$ 88 bilhões em restaurantes e similares. Geramos mais de 1,6 milhões de empregos diretos e 8 milhões de indiretos e arrecadamos, para diferentes níveis de governo, acima de 15 bilhões de impostos e contribuições tributárias.

Nada mais justo, pois, que este universo seja contemplado com sua inclusão na desoneração da folha de pagamento, passando, a partir de abril deste ano, junto com o varejo, a recolher 1% do faturamento bruto, ao invés de 20% de contribuição previdenciária patronal sobre a folha mensal de seus empregados.

Como grande parte deste setor é composto por pequenas e micro empresas, a renúcia fiscal da Fisco seria pequena, já que tal sistemática se aplica a companhias de lucro real ou presumido. Outrossim, como grande empregador e com previsão de expressivo crescimento em 2012 (projeção de 13%), esta diminuição de arrecadação seria amplamente recomposta pelo incremento das atividades setoriais, aumento da empregabilidade e formalização, além do crescimento do salário médio do segmento.

No campo turístico, nossa cozinha já é reconhecida como de qualidade, grande diversificação de temperos e etnias e formulação sofisticada, porém de seu custo é muitas vezes questionado e comparado a outros destinos mundiais. Tal redução de custeio possibilitaria preços mais competitivos, além de, no campo interno, colaborar com o Programa de Alimentação do Trabalhador e não impactar tanto os índices inflacionários. Não há dúvidas que, junto com a redução dos custos de intermediação financeira relacionada aos ticktes alimentação e cartões de crédito, baixa nas tarifas de energia elétrica e solução dos passivos trabalhistas gerados por falta de uma legislação no tocante às gorjetas e taxas de serviço, podemos trazer preços finais mais interessantes ao consumidor.

Nosso empresariado tem investido em ambientes e serviços cada vez melhores e com mais conforto e qualidade para a clientela, atentando para a segurança alimentar, modernizando suas cozinhas e treinando  seus colaboradores, visando a um atendimento à altura dos grandes eventos que vamos receber no próximos anos. Cabe, portanto, ao Governo reconhecer este esforço e colaborar para este salto de qualidade que o Brasil vem experimentando.

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