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Hotelaria e Alimentação

Resultados do carnaval

Após os festejos de Momo em todo o Brasil, podemos fazer uma avaliação deste período de ocupação importante para a hotelaria nacional. As principais praças do Nordeste tiveram boa ocupação, mas em Natal, Maceió e João Pessoa, hoteleiros reclamaram da queda dos preços das diárias médias. Salvador foi um capítulo à parte, pois a greve dos setores de segurança afetou de maneira significante o volume de quartos ocupados. Houve reservas canceladas e créditos transferidos, embora os festejos de seus principais circuitos tenham transcorrido bem. O setor de alimentação baiano foi seriamente afetado, tendo, em boa hora, o governo estadual parcelado o ICMS do período.

No Rio, os hotéis quatro e cinco estrelas precisaram rever seus valores de pacotes nas últimas semanas para vender os restantes dos apartamentos disponíveis. De todo modo, a rede hoteleira teve um faturamento excepcional, em toda a segmentação. O renascimento do carnaval de rua carioca trouxe muitos brasileiros para a cidade, propiciando um excelente movimento nos restaurantes da Zona Sul e Centro. O interior do estado fluminense também experimentou um bom desempenho econômico.

No Sul, Florianópolis continuou recebendo grande contingente de cidadãos do Mercosul, especialmente argentinos. Em Minas Gerais todas as cidades históricas ou de viés turístico foram contempladas com bom fluxo de turistas nacionais. O carnaval brasileiro atrai pela qualidade da diversão, mas também não devemos esquecer que os turistas esgotaram a capacidade máxima dos vôos para o exterior e dos Cruzeiros Marítimos.

Os resorts merecem uma avaliação à parte, talvez tendo enfrentado o pior período dos últimos anos. O alto custo operacional, a concorrência desigual dos navios na costa brasileira, o preço das passagens aéreas nacionais, resultam em uma situação de extrema dificuldade, que merece atenção das autoridades econômicas e do  Ministério do Turismo.

No momento em que acaba de ser divulgada a Pesquisa de Serviços de Hospedagem (PSH 2011) do IBGE, dando destaque ao escasso número de meios de hospedagem de luxo no país, o patrimônio de nossos resorts não pode sofrer a ameaça de delapidação de grande parte deles, pela falta de rentabilidade que o segmento está vivenciando. Urgem medidas para que voltem a dar competitividade a este extrato da hotelaria, que tanto cresceu nos últimos anos, propiciando empregos perenes, às vezes em regiões que crescem sem outra opção de atividades econômicas, tendo tudo para colaborar no equilíbrio das contas do balanço de pagamento serviços turísticos, atraindo turistas de todas as partes do Brasil e do mundo.

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