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Hotelaria e Alimentação

Sustentabilidade

Após a realização do Conotel, devemos fazer uma reflexão sobre o atual estágio do negócio hoteleiro no Brasil. Discutiu-se a desoneração, que avançou com a inclusão do setor, pelo plano Brasil Maior.Falou-se em sustentabilidade. O segmento, por percepção do próprio empresário e também pela ação das entidades setoriais, engaja-se em inúmeras ações que reduzem os gastos energéticos, além de propiciar ao cliente a escolha de um empreendimento que se preocupa com a preservação do meio ambiente. Abordou-se a nova plataforma de quantificação formal da recepção de hóspedes estrangeiros que o Siscoserv vai propiciar.Enfim um encontro rico em novidades, pois também houve uma reunião paralela com o Ministério do Turismo sobre classificação hoteleira, sobre oCadastur e a ficha nacional de registro de hóspedes (FNRH).

O estágio atual de adesão dos estabelecimentos ao processo classificatório oficial é pífio.Além de um problema operacional momentâneo por parte do Governo (hotéis pagaram pela aferição e, após tanto tempo, ainda não receberam a placa), discutiu-se quem vai fiscalizar esta operação. O setor sabe que apesar de o custo ser reduzido, o cliente brasileiro ainda não se guia por esta abordagem seletiva na escolha do seu fornecedor. Talvez porque não haja difusão e esclarecimento suficiente a respeito, em parte pelo hábito de certas práticas de enquadramento cair no descrédito. Mas também por existirem outras opções de orientação para o usuário. Os portais de avaliação de viajantes, embora apresentem falhas na segurança dos comentários, são, majoritariamente, a maneira mais utilizada e confiável para a checagem das instalações e do atendimento de um meio de hospedagem.

As empresas se questionam se vale a pena fazer este investimento se os órgãos delegados estaduais responsáveis pela fiscalização estão sucateados em sua maior parte e não têm a mínima estrutura para sequer verificar eventuais denúncias de uso de placas informais. O acompanhamento da manutenção do nível obtidoé algo que deve ser realizado. Além de ter pago por ele, o hoteleiro que aderiu de boa fé ao recurso pode se sentir ludibriado caso um concorrente ostente uma placa sem o devido formalismo.

Outro assunto que preocupa o universo dos meios de hospedagem é a eletronização das fichas de informações dos hóspedes. O Ministério do Turismo publicou novos prazos para o cumprimento da obrigatoriedade legal, todavia até agora não se reuniu com as principais fornecedoras de sistemas de gestão hoteleira para compatibilizar os protocolos de migração de dados para o portal que hospedará essas informações. Com certeza dois aspectos são preocupantes: o custo desta ferramenta e a segurança no manuseio e armazenamento destes dados.Também seria bom consolidar os dados para eventuais cortes estatísticos que sirvam para orientar políticas públicas setoriais.

O Cadastur seria um meio eficaz para levantamento da capacidade instalada dos principais fornecedores turísticos, não fosse a informalidade de várias firmas que atuam neste campo, com o beneplácito das municipalidades e estados, que não exercem a sua responsabilidade constitucional de garantir uma concorrência justa e equânime.

O Congresso Nacional de Hotéis abordou ainda os esforços da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação e as entidades coirmãs hoteleiras, para sensibilizar o Ministério das Minas e Energia para um melhor enquadramento de nossa tarifa energética. Na nossa visão, ela tem que corresponder a uma justa compensação para as iniciativas dos proprietários de hotéis em reduzir seu consumo de energia elétrica, água e gás.

Por fim o portal criado pelo Ministério da Indústria, Comércio e de Desenvolvimento poderá registrar as operações físicas e financeiras da chegada de estrangeiros nos hotéis nacionais. Não devemos esquecer que esta estrutura tem a participação da Secretaria da Receita Federal, que visa a ter o controle destas operações. Mas, ao isentar as empresas do Simples desta obrigatoriedade, corre-se o risco de perder grande volume de informações, já que muitos estrangeiros chegam ao país por intermédio de operadoras nacionais de receptivo.

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