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Redação ME

Cruzeiro no fim do mundo (Parte 1)

Na verdade quase no fim do mundo. Desta vez a minha aventura acontece no Chile, mais precisamente na Patagônia Chilena. Estou a bordo do Cruzeiro de Expedição Via Australis para um passeio de três noites entre Punta Arenas e Estreito de Magalhães. Já aviso que esta é uma viagem para os fortes, ou para aqueles que curtem muita aventura e passar uns apertos tipo frio, neve e água. O embarque acontece em Punta Arenas – 4h de avião de Santiago. Já a bordo a primeira coisa é participar de uma apresentação da tripulação do capitão Sr. Adolfo Navarro, com seus oficiais e equipe de expedição. O navio zarpa do porto tarde, então neste primeiro dia aproveitamos mesmo é para comer e descansar.

No segundo dia começa a aventura de verdade com um passeio pela Baía Almirantazgo, no coração da Terra do Fogo. A primeira dica é ter roupas quentes e impermeáveis. Eu não levei essa última dica muito a sério e me dei mal. Isso porque para chegar até a Baía é preciso descer do navio em botes que nos levam por águas frias até a praia. Mesmo se for sem emoção, como eu pedi, é certo que você se molhe com as ondas que insistem em entrar no bote, que, aliás, é chamado de Zodiac e não de bote. Leve tudo impermeável se tiver: luvas, gorro, calça, sapatos, jaqueta e meias – ah se forem térmicas é ainda melhor.

 

1 Os famosos botes Zodiac cheio de jornalistas ensopados e com frio Cruzeiro no fim do mundo (Parte 1)

Os famosos botes Zodiac cheio de jornalistas ensopados e com frio

 

Nesta Baía fizemos uma caminhada, meio longa para os despreparados como eu, e pudemos avistar de perto elefantes marinhos. Eles são enormes e pesam toneladas, é muito emocionante porque eles parecem pré-históricos e podemos tirar fotos bem de pertinho. Com toda segurança, claro, pois, os guias de expedição estão sempre conosco. Depois de avistar esses animais fazemos uma bela caminhada até uma cachoeira que fica em meio a uma mata nativa. O percurso é com obstáculos. Troncos, buracos, riachos, elefantes marinhos, vegetação de espinhos e turistas retardatários são alguns exemplos que exigem um pouco de atenção e preparo físico. Nada muito profissional, mas exige um pouco do turista. Fica aí outra dica.

 

2 Elefantes marinhos vistos bem de perto. Eu morrendo de frio e ele se refrencando na água Cruzeiro no fim do mundo (Parte 1)

Elefantes marinhos vistos bem de perto. Eu morrendo de frio e ele se refrencando na água!

 

Ao todo ficamos cerca de duas horas fora do navio. A volta é de novo com emoção e ‘tá-ca-lê’ água nesse bote. A bordo novamente é hora de se aquecer com um chocolate quente e whisky – para aqueles precisam de mais estímulos quentes – que nos aguardam assim que reembarcamos. A noite sempre há uma apresentação sobre algum tema da região, como os glaciares ou os pinguins de Magalhães. Ah, me esqueci de contar de uma coisa importante. A bordo não tem internet e nem televisão. Logo, a diversão fica por conta de jogos de tabuleiros, cartas e uma única sessão de cinema, que prevê filmes e documentários também de assuntos da região. Eu disse que esse cruzeiro era somente para os fortes!

 

4 Essa sou eu toda contente antes de saber o que me aguardava... Cruzeiro no fim do mundo (Parte 1)

Essa sou eu, toda contente antes de saber o que me aguardava...

 

Quem gostou passe para a próxima postagem. Quem não… volte dez casas e fique uma rodada sem jogar.

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