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Feiras e Eventos

Congresso Mice Brasil: “Mercado precisa se unir e mostrar o potencial para o Governo”

Fernando Ribeiro dos Santos, da Netza Comunicação Integrada, Rodrigo Cordeiro, da MCI Brasil, Damien Timperio, do São Paulo Expo, e Paulo Octávio, da Reed Exhibitions Alcantara Machado

Fernando Ribeiro dos Santos, da Netza Comunicação Integrada, Rodrigo Cordeiro, da MCI Brasil, Damien Timperio, do São Paulo Expo, e Paulo Octávio, da Reed Exhibitions Alcantara Machado (Foto: Eric Ribeiro)

Realização de eventos expande os limites dos clientes, organizadores e pavilhões de eventos. É o que aponta Rodrigo Cordeiro, diretor de PCO da MCI Brasil. Para o executivo, que participou do primeiro painel do Congresso Mice Brasil, que acontece na EBS, o mercado atua em parceria com uma cadeia produtiva, o Turismo. “A criação da experiência começa antes do evento, começa no avião, no hotel. É responsabilidade de toda a cadeia, do destino. Se o participante tem problemas para chegar ou sair, ou é mal atendido no hotel, o evento é afetado”, aponta o executivo, que afirma que o caminho para revolucionar o mercado é através de parcerias dentro do setor.

Damien Timperio, diretor-geral do SP Expo complementa: “Falta no Brasil equipamentos específicos para entrar nas especialidades de cada mercado. Hoje, por exemplo, sou impedido de trazer mais de 80 mil pessoas no meu pavilhão. Estamos preparados para isso, mas o que me impede é a acessibilidade de transporte da cidade. Agregamos valor para o destino, o mercado de eventos corresponde a 5% do PIB, mas não estamos identificados como players importantes para o poder público. Não somos relevantes aos olhos do governo. Precisamos nos unir e mostrar para o governo quem somos e o quanto representamos”, enfatiza Timperio.

Em relação ao debate digital x modelos físicos, os painelistas são categóricos: os eventos físicos não serão substituídos, e sim agregados pelas plataformas digitais. Para as agências, as novas tecnologias podem ser uma solução para mensurar a qualidade do evento e realizar, com maestria, um pós-evento, tornando a experiência mais completa.

Esta é a opinião de Fernando dos Santos, sócio-diretor da Netza Comunicação Integrada. “O digital está presente em todos nossos eventos desde apps até em tecnologias para mensurar o impacto do evento. Cada vez mais utilizamos a tecnologia para analisar o evento e ter um relacionamento contínuo com o cliente através de um pós-evento muito mais completo. Hoje, a dificuldade é vender mais para o cliente. Para isso é necessário mostrar qual foi o aproveitamento do evento, se houve interação do participante. E através das tecnologias conseguimos dados suficientes para isso”, explana. Santos ainda aponta que pelas tecnologias é possível analisar os erros e acertos do evento, criando cases de soluções e aprendizado.

“É uma forma de melhorar serviços”, completa Damien Timperio, do SP Expo. Que explicou que a tecnologia pode ser uma saída para diminuir filas, resolver insatisfações e problemáticas dentro de um evento, a exemplo de procura de vagas. “Um app pode resolver o transtorno de estacionar o carro, por exemplo. O cliente já seleciona a vaga e paga pelo próprio celular antes do início do evento. Ao chegar, a vaga dele está reservada, esperando por ele. Ajuda na satisfação do cliente”, exemplifica.

Cordeiro, da MCI ainda lembra que, para conectar o presencial ao físico, é necessário revolucionar a organização do evento adaptando-o ao novo perfil dos participantes. “As pessoas não pagam mais por informação. Se o organizador não consegue fazer um evento que se adapte às suas expectativas do cliente, ele não vai conseguir manter o público dentro do evento de forma interessada e engajada. Para isso é importante entender o público alvo, o que ele deseja e atender as expectativas. Isso conecta o digital e com o presencial”, finaliza.

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