Nesta quarta-feira (30), na sede da CNC (Conselho Nacional do Comércio), o CTur (Conselho de Turismo), dando continuidade ao ciclo de debates sobre o macrotema “Turismo Receptivo e Capacitação Profissional”, realizou palestra na sede da entidade, no Rio de Janeiro, com o tema “Guia de Turismo – O agente do turismo receptivo”, ministrada por Irma Karla Barbosa, presidente da Fenagtur (Federação Nacional dos Guias de Turismo).
Durante a palestra, Irma pontuou a ausência de representantes do Ministério do Turismo na reunião da CTur e criticou a falta de apoio financeiro e institucional do MTur aos congresso de guias realizados no Brasil.
Além disso, a presidente da Fenagtur definiu o perfil do guia de turismo que, entre diversos aspectos, deve ter conhecimento cultural, dinamismo e iniciativa, e destacou a importância da formação do profissional em um curso técnico e seu cadastramento no MTur para exercer a função legalmente. Irma também comentou sobre os esforços para criar cursos de aperfeiçoamento de guias de turismo já formados. Esse tipo de curso ainda não existe no país. A presidente cogita a possibilidade de firmar parcerias com o Sebrae para a realização dos cursos de capacitação.
Para Irma, é fundamental que o guia ou agência responsável por um grupo de turistas contrate um guia regional em cada local visitado, valorizando o profissional e garantindo uma viagem segura para o visitante, além de manter a credibilidade da agência ou operadora.
Mercado de trabalho
Sobre o mercado de trabalho, a presidente é otimista em relação às diversas vagas que se abrirão para a Copa de 2014 e Olimpíadas, mas ressaltou que, para trabalhar como guia nesse período, é necessário ser cadastrado no MTur, caso contrário, os estudantes ainda não formados podem ser monitores em pontos túristicos fixos. Segundo Irma, o Rio de Janeiro e São Paulo são os estados com maior número de guias internacionais, e a região sudeste e sul são as que permitem aos profissionais trabalharem exclusivamente nesta função, sem precisar de um segundo emprego. “Nessas regiões o profissional freelancer pode ganhar até R$ 5 mil. Já os de agência tem tarifas tabeladas”, explicou.
Outro dado citado é a faixa etária dos guias que, na sua maioria, são da terceira idade. Irma ainda comentou que o inglês e o espanhol são os idiomas mais requisitados, mas, com a Copa, o mandarim e alemão já começam a ser cobrados. Além disso, a presidente apontou uma tendência: “O turismo religioso e esotérico tem crescido muito no Brasil, além do ecoturismo que continua em ascensão”.
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Larissa D`Almeida