​“A Copa em 12 cidades é quase que uma insanidade”

Na home, Paulo Castelo Branco. Acima painelistas posam para foto oficial

A afirmação foi feita pelo presidente do Grupo Águia, Paulo Castelo Branco, durante a abertura da 9ª edição do Esfe, em São Paulo. Com o tema “Infraestrutura – Desatando o nó”, o executivo apresentou temas como a falta de investimento pelo governo em readequação de malhas aéreas, rodoviárias, ferroviárias ou mesmo portuário no país. “O Brasil cresceu muito nos últimos 10 anos, mas não reinveste de acordo ou proporcionalmente”, disse.

De acordo com Castelo Branco, no ano de 2011, países como China e Vietnã realizaram investimentos de 13,4% e 11,4% em relação ao PIB arrecadado em cada localidade, respectivamente. “O Brasil investiu 2,1% do PIB. “Perdemos o tempo de investir em infraestrutura e ampliar o legado que a Copa deixaria no Brasil. Não há nenhum aeroporto 50% pronto para a realização do evento. A Copa em 12 cidades é quase que uma insanidade”, afirmou.

Debate – O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, em participação no painel acrescentou que o problema aeroportuário não compete às companhias aéreas. “Estamos no final da cadeia e 99% dos usuários aprovam o serviço prestado dentro das aeronaves. O problema está do lado de fora. Na política, nos tributos, com o QAV que corresponde a 40% dos custos de uma companhia”, comentou.

A discussão ainda teve a participação de Guiilherme Paulus, presidente do conselho da CVC, que afirmou que o problema do país é político. “O Brasil não tem comando. Não há continuidade de governo. Precisamos renovar o quadro político no país”, afirmou.

Participaram ainda, o vice-presidente de marketing da Avianca, Tarcísio Gargioni, Wellington Costa, presidente do GBTA, Mario Simas, jornalista da Revista Exame e Claudio Portes, da BR Aviation.

Assista a entrevista em vídeo:

Luciano Palumbo
Fotos: Eric Ribeiro