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Manchete / Política

Freixo sobre exigência de vistos: “Canadá e Austrália poderiam abrir mão”; veja vídeo

Marcelo Freixo presidente da Embratur na WTM Freixo sobre exigência de vistos: “Canadá e Austrália poderiam abrir mão”; veja vídeo

Marcelo Freixo, presidente da Embratur (Ana Azevedo/M&E)

SÃO PAULO – Durante participação na WTM Latin America, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, comentou sobre a retomada da exigência de vistos para turistas dos Estados Unidos, Canadá e Austrália e pediu calma ao setor de turismo diante das preocupações com um possível impacto nas visitas internacionais. Segundo ele, a medida segue o princípio da reciprocidade diplomática e não deve gerar os prejuízos temidos pelo trade.

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“Eu queria dizer calma”, afirmou Freixo. “A cobrança do visto atende a um processo de reciprocidade, um princípio diplomático do mundo inteiro. País que cobra visto, também é cobrado visto.”

O presidente da Embratur reforçou que, em sua avaliação, não há motivos para que países como Canadá e Austrália ainda mantenham a exigência para brasileiros. “É muito difícil convencer o Itamaraty de que nós não cobramos o visto, mas eles podem cobrar da gente, sendo que existe um princípio da diplomacia mundial, que é da responsabilidade.”

“Eu, particularmente, acho que Canadá e Austrália poderiam perfeitamente abrir mão do visto. Não vejo nenhuma razão para exigirem o visto do Brasil”, declarou.

Freixo reconheceu que o caso dos Estados Unidos é mais complexo, devido ao contexto da crise migratória enfrentada pelo país. “Os Estados Unidos é um capítulo à parte, porque tem uma crise migratória. Eu concordo que é uma crise à parte. Mas ainda assim, existe o princípio da responsabilidade.” Apesar das preocupações do setor, Freixo ressaltou que a exigência de visto já existia anteriormente e não impediu a entrada de turistas norte-americanos no Brasil.

“Sempre tivemos um número muito grande de norte-americanos visitando o Brasil com visto. Não houve uma explosão quando o visto foi suspenso”, argumentou.

O ponto central, segundo ele, é garantir que o processo de solicitação de visto seja simples e ágil. “Se o visto for rápido, online, sem exigências maiores, eu não acredito que vá impactar o desejo de quem quer visitar o Brasil”, disse. “Claro que ele não pode ser um visto que faça a pessoa perder tempo.”

Freixo afirmou que a Embratur está acompanhando de perto a emissão dos vistos e reforçou que a missão do órgão é defender os interesses do turismo. “O interesse do Itamaraty é diplomático, mas o nosso é garantir que isso não prejudique o turismo. Vamos monitorar para que esse processo seja eficiente.”

“O Brasil precisa se atualizar para falar com os públicos de hoje”

Freixo também revelou ao M&E o impacto que o novo Plano de Marketing Internacional – que será apresentado no Summit da Embratur no Rio de Janeiro – terá para o Brasil.

“Desde 2004, com o projeto Aquarela, o Brasil não tem um plano estruturado de marketing internacional. O mundo mudou completamente desde então, e o país precisa se atualizar para falar com os públicos de hoje”, afirmou.

Segundo Freixo, o novo plano vai modernizar a linguagem e será desenhado para ter alcance em todo o território nacional. “A ideia é que seja útil em cada estado e cidade com potencial de turismo internacional, para que todos utilizem a mesma linguagem que o Brasil vai usar no exterior.”

Metas antecipadas

O Brasil pode antecipar para 2025 a meta de atrair 8 milhões de turistas internacionais — objetivo inicialmente previsto para 2027. Segundo Freixo, só nos dois primeiros meses deste ano o país já recebeu mais de 2,8 milhões de visitantes estrangeiros, mesmo sem contabilizar o Carnaval, que ocorreu em março.

“Certamente a gente tem um início de ano que é muito superior a qualquer ano que a gente já viveu. 2024 foi recorde e agora estamos 57% acima de janeiro e fevereiro do ano passado”, destacou.

“Tudo mostra pra gente que a meta dos 7 milhões a gente consegue atingir com tranquilidade, podendo se aproximar da casa dos 8 milhões.”

Freixo atribuiu o desempenho positivo a uma série de fatores, entre eles a boa relação com companhias aéreas, a qualidade da promoção internacional e o uso de inteligência de dados. “O mais importante agora é transformar esse bom momento em uma tendência. Isso só é possível com políticas públicas permanentes e consistentes”, defendeu.

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