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Agências e Operadoras / Aviação

Fórum Abracorp: avanço da vacinação nos EUA significou aumento de viagens

Gervásio Tanabe, da Abracorp, Alexandre Cavalcante, da American Airlines, Jacqueline Conrado, da United, e Rodrigo Sienra, da Delta

Gervásio Tanabe, da Abracorp, Alexandre Cavalcante, da American Airlines, Jacqueline Conrado, da United, e Rodrigo Sienra, da Delta

O mercado doméstico de viagens dos Estados Unidos está reagindo. De acordo com dados da Transport Security Administration, o volume de junho está apenas 25% aquém do registrado no mesmo período de 2019. E o que podemos aprender com este mercado? Quais são as perspectivas de retomada do corporativo? Como as empresas estão moldando as suas políticas de viagens para a volta das viagens? Todas essas perguntas foram respondidas durante o 7º Fórum Abracorp, que aconteceu de forma híbrida na manhã desta quinta-feira (24).

Sob o comando do presidente-executivo, Gervário Tanabe, o evento recebeu Rodrigo Sienra general manager Brasil da Delta Airlines; Alexandre Cavalcanti, country manager da American Airlines; e Jacqueline Conrado, country manager da United Airlines. Em discussão o benchmark com o mercado norte americano – que já experimenta um retorno das viagens.

Mercado doméstico dos EUA já sente uma forte retomada

Mercado doméstico dos EUA já sente uma forte retomada

Na abertura do painel, Tanabe lembrou que há uma diferença abismal entre os dois mercados. Com números de 2019, ele ressaltou que as viagens domésticas nos Estados Unidos somaram cerca de 900 milhões de passageiros, enquanto no Brasil o número foi de 103 milhões. Ele também estabeleceu uma relação entre a vacinação e viagens. “O rápido crescimento de vacinados foi logo em seguida acompanhado de um aumento das viagens aéreas”, destacou.

Impacto das vacinas nas viagens nos Estados Unidos

Impacto das vacinas nas viagens nos Estados Unidos

Para Jacqueline Conrado, ainda é cedo para fazer previsões para o mercado brasileiro. No entanto, é importante olhar o que está acontecendo em outros países para que haja uma preparação. Ela lembrou que o Brasil é um mercado muito particular e que liderou a recuperação em crises anteriores.

“A perspectiva é muito positiva e, falando no corporativo, tem empresas que estão em momentos diferentes, portanto, a recuperação não será igual. Muitas, já em recuperação, estão estão esperando fronteira abrir para começar a viajar. Outras são mais conservadoras”, afirmou. “Mas, como os dados mostram, a vacinação é um ponto muito importante”, complementou.

Rodrigo Sienra, da Delta, por sua vez, ressaltou a necessidade das empresas em viajar. Ele lembrou que no início da pandemia muita gente achou que as ferramentas de reuniões e eventos online, bem como o home office  tinham vindo para ficar. Agora, porém, as pessoas precisam se reencontrar. “Você não vai visitar o seu cliente até que o seu concorrente comece a visitar. A vida online é muito desgastante e já está prejudicando a saúde mental das pessoas”, salientou.

Alexandre Cavancanti, da American Airlines, falou da expectativa de retomada dos voos entre Brasil e Estados Unidos. Ele lembrou que a companhia opera hoje 16 voos semanais entre os dois países e que projeta mais 12 em outubro e a volta do voo de Manaus em novembro. “É uma retomada gradativa de acordo com a demanda atual”, disse.

Ele frisou ainda a aplicação de novas tecnologias que permitem, em alguns voos, que o passageiro não tenha contato com nenhum funcionário e nem toque em nada até embarcar, desde que não tenha malas para despachar. “A questão sanitária é primordial, pois as empresas não querem correr o risco de saúde. Nos Estado Unidos, a viagem hoje é mais palpável para as pequenas e médias empresas, que têm critérios mais flexíveis”, disse.

PROJEÇÕES ECONÔMICAS

Vacinação caminhando e reabertura da economia. Estes dois fatores levam o Bradesco a fazer projeções otimistas para a economia brasileira neste ano. A economista Priscila Trigo, do departamento de Pesquisas Econômicas do Bradesco, ressaltou que os resultados do primeiro trimestre e as prévias deste segundo trimestre estão acima do previsto, o que leva a uma projeção de um crescimento 4,8% do PIB brasileiro em 2021.

Ela reiterou que hoje o Turismo é um dos setores com o menor nível de recuperação. Os setores classificados como alojamento e alimentação está com movimentação 40% menor do que no pré-pandemia. “Dependendo como serão as reaberturas, este será um dos setores mais beneficiados, pois as pessoas estão ávidas a viajar”, destacou.

De acordo com Priscila Trigo, levando em consideração as doses em produção no País e as previstas para chegar, há a possibilidade de ter toda população economicamente ativa vacinada com a primeira dose até setembro. O que, na visão dela, daria melhores perspectivas para a economia e também para o Turismo.

“O mundo vê uma recuperação mais clara com o avanço da vacinação. Olhamos com muita cautela e as nossas contas indicam que toda a população adulta estaria vacinada em setembro com a primeira dose. Temos um avanço significativo em termos de vacinação”, destacou. “Mas é bom lembrar que a vacinação ajuda a minimizar a pandemia, não elimina totalmente. Temos que ter cuidado com uma terceira onda”, complementou.

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