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Agências e Operadoras

“O jogo é muito desigual contra as agências”, diz presidente da Abracorp

Gervasio Tanabe, presidente executivo da Abracorp enxerga hoje a questão do IRRF, da responsabilidade solidária e a falta de sensibilidade dos fornecedores os principais desafios do agenciamento no País.

Gervasio Tanabe, presidente executivo da Abracorp, enxerga hoje a questão do IRRF, da responsabilidade solidária e a falta de sensibilidade dos fornecedores os principais desafios do agenciamento no País

Pandemia, altas taxações, aumento no câmbio…Muitos são os desafios enfrentados pelo turismo atualmente. Além das incertezas e instabilidade que a Covid-19 trouxe para o setor, o Turismo ainda luta contra problemas que assolam e prejudicam o segmento há anos. Em entrevista ao M&E, o presidente da Abracorp, Gervasio Tanabe, afirmou que o Turismo – e principalmente o agenciamento, tem alguns desafios grandes para superar para poder crescer ainda mais e se fortalecer no Brasil.

“Enxergo hoje três grandes problemas que atrapalham o crescimento do turismo no Brasil e prejudicam as agências de viagens. O primeiro deles é que o fornecedor nem sempre enxerga na agência um canal de distribuição e nós precisamos disso. Quer sejam as companhias aéreas, as locações, hotéis, precisamos que o fornecedor enxergue que todas – independente de segmento – atuam como um canal distribuição. O fornecedor tem que reconhecer nele o trabalho que é feito e oferecer vantagens maiores ao canal”, afirmou Gervasio.

“O jogo é muito desigual contra as agências de viagens”

Segundo Tanabe, outro desafio muito grande é a questão do IRRF. “Porque todo tipo de remessa em termos de turismo de exterior está sendo taxado de uma maneira abusiva, que pode trazer consequências graves para o Brasil. Esse imposto inviabiliza os negócios no nosso País”, completou o presidente da associação.

Por fim, a questão da responsabilidade solidaria também é um problema que temos hoje, de acordo com Gervásio.”Não é que os agentes não querem ter responsabilidade no serviço de um cliente – queremos sim, mas sob aquilo que temos controle, direito e que podemos resolver. Não aquilo que está fora das nossas mãos”, diz. Ainda de acordo com o presidente, o jogo é muito desigual contra as agências e esses três problemas hoje são bastante crônicos.

Proatividade e apoio de todos os lados

A solução para que o agenciamento receba o reconhecimento que merece e suas causas sejam reivindicadas, segundo Tanabe, é a proatividade de todos os elos. “Isso [o turismo] é um ecossistema que tem que funcionar – o Governo precisa apoiar, temos tido muita ajuda da frente parlamentar e do deputado Bacelar nesta questão do IRRF, por exemplo, para que esta medida seja revertida”.

“Mas, eu também não posso esperar que entidades e governos ajam sozinhos. Eu, como agente, tenho que ser proativo pra provar pro meu cliente que ele precisa de mim! É mostrar que estou oferecendo valor. Do lado do cliente, é necessário que ele enxergue hoje que existe toda uma cadeia que orbita o setor de turismo. Se ele quer ter uma experiência boa – a melhor das experiências – ele tem que ter essa consultoria. E desmistificar que nem sempre o valor é mais caro”, finalizou Tanabe.

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