Logo depois da Petrobras anunciar queda de 11,5% no preço do Querosene da Aviação (QAV), a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) até considerou positiva a redução, mas considerou medida insuficiente para cobrir a alta do preço do combustível nos últimos anos. Na comparação com 2019, o QAV chegou a aumentar 121%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). No acumulado do ano de 2022, o QAV teve alta de 49,6%.
Ainda segundo a Associação, o cenário atual de intensa volatilidade nos preços do barril de petróleo e do dólar pressionam diariamente as empresas aéreas, pois 60% do custo é dolarizado, e somente o QAV representa cerca de 40% desses custos.
“O anúncio de redução é importante, mas essa queda ainda é insuficiente, assim como as anteriores. O combustível segue precificado como se viesse do exterior, sendo que mais de 90% desse insumo é produzido no país. O QAV disparou nos últimos três anos e isto impacta custos estruturais e preços de bilhetes. Defendemos a revisão desta política de precificação, para que possamos retomar o crescimento da aviação brasileira e seguirmos competitivos nos mercados doméstico e internacional”, afirma o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.