Congonhas ganhará estrutura para receber voos internacionais, diz presidente da Aena Brasil

Santiago Yus, presidente da Aena Brasil

SÃO PAULO – O presidente da Aena Brasil, Santiago Yus, apresentou todo o cronograma de melhorias no aeroporto de Congonhas, o terceiro aeroporto mais conectado domesticamente na América Latina. A concessionária assume Congonhas no dia 17 de outubro já com uma série de intervenções emergenciais e, até 2028, a entrega de um novo terminal de passageiros. E segundo Santiago, Congonhas terá estrutura pronta para receber voos internacionais.

“Teremos uma estrutura para receber voos internacionais, mas com aeronaves de menor porte, que ligam Brasil a cidades da América do Sul, como pontes aéreas para Buenos Aires, Montevidéu, Santiago do Chile, entre outras conexões na região”

“Teremos uma estrutura para receber voos internacionais, mas com aeronaves de menor porte, que ligam Brasil a cidades da América do Sul, como pontes aéreas para Buenos Aires, Montevidéu, Santiago do Chile, entre outras conexões na região. E Congonhas nunca receberá aeronaves de grande porte, como o A340, o A350 e o B777, mas sim aeronaves que já recebem hoje em dia. E isso vai depender das companhias aéreas se interessarem e viabilizarem esta operação junto à Aena Brasil”, disse ele.

Haverá uma área reversível no novo terminal para que os voos internacionais possam virar uma realidade em Congonhas

Haverá uma área reversível no novo terminal para que os voos internacionais possam virar uma realidade em Congonhas. No entanto, ainda não há negociações com companhias aéreas para que isso se torne de fato justamente por ainda estarmos num momento de retomada dos voos internacionais. Para o presidente da Aena Brasil, por sua vez, são operações que fazem total sentido, já que evitaria o deslocamento, por exemplo, até Guarulhos, para voos internacionais de curta duração.

Questionado sobre o aumento de operações (slots de pousos e decolagens), Santiago Yus afirmou que há chances de Congonhas receber ainda mais voos por dia

Questionado sobre o aumento de operações (slots de pousos e decolagens), Santiago Yus afirmou que há chances de Congonhas receber ainda mais voos por dia. “Mas isso depende de uma série de partes aeroportuárias, como espaço aéreo, campo de voos, handling e companhias aérea para podermos decidir sobre o aumento de frequências no aeroporto justamente para que este acréscimo de capacidade seja bem-sucedido”, destacou o presidente da Aena Brasil.

No entanto, mais voos também depende da cidade como um todo. “Há impactos que são muito significativos, como todo o entorno aeroportuário, o monitoramento de ruído e outros insumos para que isso possa se tornar uma realidade. É preciso que a gente entre em consenso com todas as partes que estão envolvidas. No fim da concessão, em 2053, está prevista uma movimentação de 35 milhões de passageiros por ano, bem acima dos 22 milhões atuais”, finalizou Santiago Yus.