A Fitch Ratings, uma das três maiores agências de classificação de risco de crédito corporativo no mundo, elevou a classificação de risco de crédito da Gol, assim como dos papéis emitidos pela companhia e pelas empresas 100% controladas pela mesma. A atualização elevou a Gol à mais alta classificação da Fitch desde 2013.
Os Issuer Default Ratings, que medem a probabilidade de inadimplência em moeda estrangeira e local, foram elevados para B+, com perspectiva estável de B. As notas seniores sem garantia de 2022 e 2025, e os bônus perpétuos Gol foram elevados ao mesmo nível. A classificação de risco para escala nacional foi elevada para A-.
“Esta elevação da classificação de risco reflete o foco da equipe da Gol na melhora consistente de margens, no fortalecimento do balanço através de uma gestão disciplinada de passivos, e sendo a companhia aérea melhor posicionada para se beneficiar do crescimento econômico do Brasil” disse Richard Lark, VP Financeiro da Gol.
A classificação vem em um momento em que a aviação comercial brasileira perde uma das suas quatro maiores concorrentes, o que poderia gerar descrédito das instituições financeiras, uma vez que a justiça manteve a Avianca Brasil de posse de suas aeronaves mesmo sem o pagamento das parcelas de leasing. No entanto, a boa notícia vem dois dias depois da Gol amortizar R$ 100 milhões de dívida e crescer 23% em receita unitária no 2T19.
EM ALTA
Na última semana, analistas da Goldman Sachs recomendaram a compra de ações da companhia brasileira. De acordo com o banco, a Gol aumentou a sua receita devido ao fim das operações da Avianca Brasil. Com isso, somente no dia 3 de julho, os papéis da aérea tiveram alta de 34%.