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Aviação

Airbus e Boeing podem colocar mercado de aeronaves de grande porte em xeque

A320neo737max

As menores podem “roubar” o mercado de aeronaves maiores ao longo dos próximos anos

As grandes companhias aéreas internacionais ganharam mais um motivo para mergulhar (de cabeça!) nesta nova tendência de adquirir aeronaves de médio porte (midsize, em inglês), conhecidas também como single-aisle (corredor único), as quais a família A320neo, B737 MAX e CSeries se encaixam perfeitamente. E as fabricantes Airbus, Boeing e Bombardier, por sua vez, têm uma boa parcela de “culpa” no esfriamento do mercado de aeronaves widebodies (corpo amplo), no qual B777s e A350s se encaixam perfeitamente, por exemplo.

Isto porque, com o desenvolvimento de novas famílias e variantes cada vez mais eficientes e modernas, passa a ser possível realizar operações transatlânticas (entre Europa e América do Norte/Sul, por exemplo) utilizando apenas aeronaves single-aisle, ou seja, sem a necessidade de utilizar equipamentos maiores somente por conta do alcance. Com isso, a utilização de frotas como o B747, A330, A380 e B777 só se faria necessária caso a demanda de passageiros na rota fosse de fato lucrativa.

Uma das investidas mais recentes que explica esta tendência foi feita pela Norwergian Air, companhia que já iniciou uma expansão significativa de suas operações para os Estados Unidos. No último mês de julho, a companhia anunciou planos de encomendar uma frota de 30 aeronaves A321LRs, o que mostra a chegada de uma nova tendência. Enquanto a companhia utiliza os A321LR em rotas curtas e movimentadas, este mesmo modelo pode ser operado em rotas de longa distância que não demandam uma quantidade grande de passageiros.

Com isso, o A321LR tem o poder de preencher o gap entre as frotas narrowbody e widebody, por ser considerado um “coringa” no mundo da aviação, assim como outros modelos e variantes que chegaram recentemente ao mercado. De acordo com a própria Airbus, o A321LR tem uma alcance de 7.400km e pode transportar até 220 passageiros de uma vez (em classe única), sem falar no baixo custo operacional se comparado com as grandes aeronaves. O custo por assento do A321LR, por exemplo, é menor do que o B787.

Assim, a Norwegian Air, como todas as outras que encomendam novas aeronaves single-aisle, pode estar aos poucos abadonando a ideia de formar frotas de aeronaves de grande porte. Um dos maiores exemplos aconteceu  agora em julho, quando a Airbus se viu obrigada em anunciar que irá diminuir drasticamente a produção do superjumbo A380 a partir de 2018.

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