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Aviação / Destinos

ALTA: aviação regional e low-costs ditam o novo ritmo da aviação brasileira

Luis Felipe de Oliveira, diretor da ALTA

Luis Felipe de Oliveira, diretor da ALTA

RIO DE JANEIRO – Não tem mais jeito! Apesar das dificuldades enfrentadas pelas companhias aéreas nacionais e pelo já conhecido Custo Brasil, a aviação comercial brasileira segue novas tendências e se alinha cada vez mais às normas internacionais, o que facilita, principalmente, a chegada de novas transportadoras e o aumento vantajoso da competividade. E neste novo momento da indústria, dois pontos merecem destaque: a introdução agora oficial das companhias de baixo custo (low-costs) e a grande capilarização das operações através das aéreas regionais.

Empresas pequenas como TwoFlex, Abaeté, MAP, Passaredo, Rima e Asta, que sempre estiveram em operação, mas nunca em destaque, agora terão papéis de destaque dentro do mercado doméstico brasileiro. Além de já ter abordado os desafios e alcances do Brasil para modernizar o setor aéreo e expandir operações, o diretor da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), Luis Felipe de Oliveira, destacou justamente a tendência da chegada das low-costs internacionais e da regionalização das operações domésticas.

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“Hoje o mercado já é praticamente low-cost. O que as empresas de baixo custo têm como adicional é a cobrança por diversos serviços extras no voo, não obrigatórios, uma decisão já tomada pelas companhias aéreas brasileiras, que atualmente praticam a mesma estratégia. Este modelo faz com que novas empresas, com seus modelos de negócios de baixo custo, sejam mais efetivas, podendo trabalhar na mesma magnitude de outras partes do mundo, adequando o Brasil aos mercados internacionais e atraindo um maior número de companhias aéreas”, destaca.

Luis Felipe de Oliveira confirmou que já há algumas empresas internacionais que desejam entrar no Brasil, embora não tenha revelado nomes. “E não é um processo simples, já que dependem de vários fatores, como a disponibilidade de aeronaves, de criar a empresa, da contratação e treinamento de pilotos, entre outros aspectos, o que deve demorar um pouco para confirmarmos. No entanto, esperamos que a partir do final do ano que vem já tenhamos alguma coisa mais efetiva”, revelou.

Capilarização da aviação no Brasil passa por empresas menores

O modelo low-cost é interessante, segue tendências e tem vantagens para o mercado brasileiro. No entanto, Luis Felipe alerta que, mesmo assim, não haverá uma instantânea chegada de novas companhias aéreas no Brasil, principalmente nos mercados domésticos, por conta de suas limitações. Quem vai ganhar protagonismo mesmo são as companhias aéreas regionais.

“O que iremos ver são empresas de menor porte entrando no mercado e trabalhando com as maiores, realizando a alimentação dos voos destas companhias em seus hubs. Veremos portanto uma capilarização da aviação no Brasil e isto será gerado por empresas menores, como TwoFlex, Rima, Asta, Abaeté, que vão levar e trazer passageiros de comunidades menores até às maiores, para que possam se conectar aos mercados doméstico e internacional”, frisou o diretor da ALTA.

E a realidade destas companhias aéreas já existe, uma vez que são qualificadas pela certificação ISSA (Iata Safe Standard Accessment), ligada à segurança operacional e dada em conjunto com a ALTA, para que possam operar no mercado doméstico brasileiro. “Algumas delas inclusive já estão atuando, e iremos ver a capilarização da aviação acontecer”, finalizou Luis Felipe de Oliveira.

O M&E é media partner do Fórum ALTA Airline Leaders 2019

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